Cerca de 20 crianças e adolescentes, atendidas pelo Centro de Acolhimento ao Autista – Teamarr, da Assembleia Legislativa de Roraima, iniciaram nesta quarta-feira (11) aulas de natação. As atividades ocorrerão uma vez por semana, das 16h às 17h, no Distrito de Santa Cecília, no município do Cantá.
A dona de casa Franci Costa participa do Teamarr há mais de dois anos, com os filhos Cadu (Carlos Eduardo – 17 anos) e Expedito, de 8 anos. Os rapazes chegaram animados, porém resistentes, para o primeiro dia de aula de natação. A mãe acompanhava o nado dos filhos, as idas e vindas para a piscina e cada distância percorrida por eles entre uma raia e outra.
“Estou em uma explosão de felicidade porque eles sempre queriam fazer natação e não tínhamos oportunidade e quando falei que havíamos sido selecionados, eles vibraram”, contou a dona de casa.
A natação fará parte das atividades que os meninos praticam pelo Teamarr. “É muito importante porque antes eles não tinham atividades, assim como outras crianças. Quando surgiu o Teamarr foi muito bom, meus meninos não tinham atendimento e fez a diferença na vida do Cadu que já estava em depressão”, lembrou Franci.
O Centro de Acolhimento ao Autista integra o Programa de Atendimento Comunitário da Assembleia Legislativa de Roraima com trabalhos direcionados a crianças e adolescentes autistas, bem como o envolvimento das famílias atípicas em atividades e acompanhamentos.
A presidente do programa, a deputada Angela Águida Portella (PP), acompanhou o início das atividades e explicou a parceria com o projeto Movimente-se, que proporciona mais oportunidades e qualidade de vida.
“Desse acordo de cooperação com o Teamarr atendendo na parte esportiva com natação, futebol, uma vez que nós já disponibilizamos o Taekwondo na nossa sede, promovendo essas habilidades sociais, fortalecendo também todo o sistema motor, a natação ajuda no aspecto social e também a tranquilizar as crianças e adolescentes atípicos”, explicou a parlamentar.
A importância da modalidade foi destacada pela coordenadora do projeto Movimente-se, Karina Lago. “As crianças se sentem incluídas e a natação não tem diferenciação porque queremos a inclusão, tanto das crianças atípicas como as típicas”, complementou.