Foto: Divulgação

Neste domingo (25) durante entrevista em uma rádio local, o prefeito Arthur Henrique (MDB) destacou ações, avanços durante sua gestão frente à Prefeitura de Boa Vista e o que já tem planejado para a cidade. O candidato à reeleição citou os investimentos feitos na área de educação, saúde, infraestrutura urbana e rural, mobilidade, meio ambiente, agricultura, desenvolvimento econômico e social.

“Eu entendo que Boa Vista avançou muito nesses quatro anos, nós deixamos um legado, sei que ainda tem muito para ser feito, mas Boa Vista não pode retroceder. Eu tive a oportunidade de estar à frente da prefeitura nesses quatro anos, sei que não está tudo perfeito, mas o importante é o reconhecimento, inclusive da população, de que nós entregamos muito em todas as áreas que a prefeitura tem a responsabilidade”, disse.

Arthur entregou 12 escolas que atendem na modalidade creche e 3 na educação infantil e ensino fundamental, todas seguindo o mesmo padrão de qualidade. Esse investimento permitiu a criação de 12 mil novas vagas. Para atender essa crescente demanda, a Prefeitura de Boa Vista investiu na contratação de novos profissionais, por meio de concursos e seletivos. Durante a gestão de Arthur foram 3.343 convocações na área de educação.

Além disso, outras 4 escolas estão sendo construídas, sendo uma no Araceli, outra no Pedra Pintada, Airton Rocha e no PA Nova Amazônia.

Educação especial 

Outro grande destaque mencionado foi em relação aos investimentos na modalidade de Educação Especial, que atende alunos com deficiência e altas habilidades. Em maio de 2023, Arthur inaugurou o Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista da Rede Municipal de Ensino (CETEA), além de implantar o projeto ‘Escolas Polos’, destinado para crianças com surdez, atendidas na rede.

“Hoje temos dois centros de educação especial em Boa Vista e a ideia é implantar outro nos próximos anos, na zona oeste da cidade. Temos hoje quatro escolas polo que atendem nossos alunos com surdez. Todas essas unidades são projetadas para atender essas crianças, com profissionais de libras para fazerem esse acompanhamento”, explicou.

Atualmente, são 3.223 alunos inclusos na modalidade de Educação Especial, destes 2.456 são considerados público-alvo, entre crianças com deficiência física, intelectual, auditiva ou visual e alunos com altas habilidades. Elas são assistidas por meio dos 1.436 cuidadores e por 146 professores que fazem os Atendimentos Educacionais Especializados (AEE).

Mais unidades de saúde 

Arthur falou também sobre a construção de novas unidades básicas de saúde. Atualmente, quatro estão com obras em andamento nos bairros Santa Tereza, Caranã, Nova Cidade e Vila Jardim. Olenka Macellaro, no Caimbé, já está licitada. Outras unidades devem ser reconstruídas, como é o caso da UBS do 13 de Setembro.

“Ela [UBS 13 de Setembro] já tem projeto, é uma das duas UBSs que foram aprovadas no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. Quer dizer que o recurso dela já foi garantido e a gente já está pronto para licitar. Então, o projeto vai ser encaminhado agora para o Ministério da Saúde. Vai virar uma UBS de porte 4, do tamanho daquela do Equatorial, que é a maior que temos. Se eu estiver na prefeitura, eu posso garantir que no ano que vem a gente já vai executar essa obra”, disse.

Centro de parto natural 

Boa Vista também vai receber um Centro de Parto Natural. “Vai ajudar muito a maternidade, porque quem tiver todo o pré-natal e não tiver nenhum risco na gravidez vai poder ter o seu filho na casa de parto, que a gente vai fazer no padrão prefeitura”, garantiu.

Obras vitais de infraestrutura  

O prefeito apresentou ainda um balanço de obras que dividiu em duas categorias: as de infraestrutura e as de construção civil. Ele afirmou que foram 512 obras de construção civil executadas nos quatro anos da sua gestão. Onde apontou construção de escolas, unidades básicas de saúde, obras de sistemas de irrigação para agricultores familiares, escavações de tanques para piscicultura e para irrigação, dentre outros. Já na parte de infraestrutura, foram 637 km, sendo que 91% deles realizados nos bairros mais distante do Centro.

“Entre recapeamento, asfalto, drenagem, calçada, sarjeta e meio-fio, foram muitas obras executadas de infraestrutura. E sabemos que muito ainda precisa ser feito. São obras caras, que dependem de recursos federais. Nesse ano, estamos trabalhando com recursos de oito dos onze parlamentares federais. Muito foi feito e não tenho dúvidas que o aumento de receitas do Governo Federal vai garantir mais recursos para os parlamentares de Roraima e a gente vai conseguir fazer mais do que já fizemos.

Pontos de alagamento 

Arthur explicou também que foram solucionados 30 pontos de alagamento nesses quatro anos de gestão, dos 45 que tinha mapeado. “Meu compromisso era fazer solucionar 25 pontos críticos de alagamento, mas nós ultrapassamos isso e fizemos 30. Demos o foco para aqueles alagamentos que traziam água para dentro da casa das pessoas. O nosso foco sempre foi a qualidade de vida das pessoas, então a gente focou muito nesses locais que entravam água na casa das pessoas. Ainda temos algumas pela frente para resolver. Pelo menos essas 15 que nós ainda temos mapeadas”, afirmou.

Ele destacou os avanços em infraestrutura nesses quatro anos e afirmou que ainda tem muito para ser feito. “Acredito que Boa Vista está bem melhor do que estava quando eu assumi, mesmo com todas as dificuldades que a gente enfrentou nesses quatro anos. A pandemia, a crise migratória, a questão do garimpo, a saúde indígena, que realmente hoje, impacta muito no Hospital da Criança Santo Antônio, que é o único hospital num raio de 800 quilômetros, que atende todas as crianças, não só de Boa Vista, mas do interior do estado, também dos países vizinhos. Mas acho que a proposta é essa, a nossa cidade está sempre evoluindo e não pode retroceder”, destacou.

Mobilidade urbana 

O prefeito ressaltou os investimentos feitos em toda a cidade e ainda sobre um grande projeto para construção de viaduto que pode ser uma alternativa para desafogar área crítica de tráfego da cidade. Um desses pontos discutidos foi a questão da mobilidade urbana. Muito trabalho está sendo feito em toda cidade para garantir segurança aos pedestres, motoristas e ciclistas. Novos semáforos sendo instalados em cruzamentos considerados de grande fluxo, retornos sendo construídos e outros extintos para garantir fluidez no trânsito, revitalização das sinalizações verticais e horizontais e a malha cicloviária recebendo pintura nova em um trecho de 30km.

Além disso, obras de infraestrutura estão sendo executadas em toda a cidade, o que tornam as ruas mais seguras para as pessoas. São galerias sendo construídas, interligando bairros e criando novos acessos aos moradores. Além disso, o Plano de Mobilidade Urbana está sendo implementado para ordenar as futuras ações conforme o crescimento da cidade e da população.

Viaduto 

Arthur ressaltou também a retomada do projeto de construção de um viaduto no cruzamento da Brigadeiro Eduardo Gomes com a avenida Venezuela. O projeto, estimado em 60 milhões, precisou ser reavaliado com um estudo de fluxo e mobilidade e, com isso, a prefeitura fez readequações. Anteriormente era um projeto que só tinha a pista térrea e uma pista superior, o novo projeto conta com três pavimentos: uma via aérea, uma via no térreo e uma via subterrânea.

O estudo de fluxo foi necessário para garantir rotas alternativas de tráfego enquanto a obra estiver acontecendo. Esse estudo foi realizado por um professor da Universidade de São Paulo, que segundo ele, foi o cruzamento mais complexo que já estudou até hoje no Brasil. O estudo demonstrou que uma rota de acesso entre a universidade e o Aeroporto que poderia ligar a rua Yêyê Coelho com a avenida da Ene Garcez e posteriormente ampliar a pista para o Bairro dos Estados, passando entre o Aeroporto e o Parque Anauá.

“Dessa forma, se cria uma rota em que o ponto mais extremo, o Paraviana por exemplo, pode chegar até o Cauamé, numa reta única, em uma avenida que não terá cruzamentos, porque ali é tudo área institucional, então vai mudar bem o fluxo de mobilidade. Todas essas obras estão contempladas dentro do plano de mobilidade que estamos elaborando”, ressaltou.

A prefeitura já tem o recurso para a retomada da primeira etapa da obra. “Vamos retomar esse trajeto original da BR-174, que vai sair depois do Monte das Oliveiras passando por trás da pista do aeroporto. O município está em tratativas com a Vinci Airports, empresa que administra o aeroporto de Boa Vista, e também com o ministro de Portos e Aeroportos em Brasília”, ressaltou.

Segundo Arthur, em outubro deste ano, a prefeitura vai atrás do recurso para construir o  acesso entre a universidade e o aeroporto que seria a rota de passagem das pessoas enquanto a obra estiver acontecendo. “O estudo de um viaduto é complexo, não é só desenhar o projeto e fazer o cálculo estrutural, é entender como é que vai funcionar durante a obra. Por isso, fizemos o levantamento do fluxo. O número de veículos que passam pela região chega a ultrapassar 5 mil por hora em horário de pico naquele cruzamento”, ressaltou.

Incentivos no campo 

Na gestão atual foram investidos mais de R$ 45 milhões na construção do novo galpão do CDT, aquisição de insumos agrícolas, máquinas e implementos agrícolas.

O campo tem importante papel no desenvolvimento econômico do município e a Prefeitura de Boa Vista investe constantemente para aumentar e melhorar a produção na zona rural e comunidades indígenas.

Mais de 2.100 famílias vivem na zona rural, área em que 1.099 são atendidas pelo Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA), além do apoio às 17 comunidades indígenas da capital. De acordo com Henrique, a gestão atual aumentou os investimentos na área rural, que vão desde recuperação de vicinais, passando por construção de Unidade Básica de Saúde (UBS), até aquisição de máquinas para apoiar o dia a dia das famílias produtoras.

“A zona rural é fundamental para fortalecer a nossa economia, garantir melhores condições de vida aos agricultores e promover o desenvolvimento em toda a região. Contabilizamos 54 milhões de reais em obras de recuperação de vicinais. Temos compromisso com as pessoas do campo e damos condições para que possam viver com dignidade. O Projeto de Assentamento Nova Amazônia se tornou o maior polo da agricultura familiar. Tudo isso é fruto de muito trabalho”, disse.

Primeira UBS da zona rural

Em julho deste ano, o prefeito Arthur Henrique inaugurou a primeira Unidade Básica de Saúde da zona rural de Boa Vista. Moradores do Murupu e Truaru, além de localidades próximas, passam a ter acesso a consultas médicas, odontológicas e de enfermagem, além de farmácia, sala de vacina, sala de curativo e outros serviços. Tudo isso em uma estrutura moderna, ampla e preparada para melhor atender as pessoas mais perto das suas casas.

PMDA

O programa tem 3.500 hectares de áreas cultivadas desde a implantação, em 2018. Para os produtores rurais é disponibilizado um desconto de 50% para quem pagar os insumos retirados na Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI), até a data de vencimento. Ainda é garantido um prazo de carência com tempo de plantar, colher, comercializar e com o resultado da produção, pagar os insumos recebidos.

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