Parque Anauá durante arraial atrasado. Foto cedida.

Em vias de chegar no mês de agosto, o governo de Roraima, conhecido pelo atraso em obras e por não conseguir cumprir prazos (nem em uma festa), optou por manter, ainda que sob investigação do Ministério Público de Roraima por contratos superfaturados, o São João do Parque Anauá. A festa começou na segunda-feira (22) e segue até o sábado (27), no maior e mais mal cuidado parque da região Norte do país.

Fotos enviadas à reportagem mostram as condições do local para o evento. Calcadas destruídas e pouca estrutura para atender ao público, além de sujeira e desorganizações que vão desde o estacionamento à disposição de banheiros e de tendas de alimentação.

“O policiamento é aquém do esperado e a desorganização começa ainda na entrada, para conseguir estacionar, porque nem o Detran está sabendo lidar com o tráfego na porta do parque. Tá bem mal feito mesmo, se a gente for comparar com outros eventos públicos aqui em Roraima, é “, destacou a psicóloga Lana Freitas, que veio com a família para prestigiar a festa.

“Não limparam sequer o parque para começar a festa. É só olhar o lixo acumulando desde o primeiro dia e a estrutura mesmo do parque Anauá toda precária”, diz um dos  comerciantes que pediu para não ser identificado pois está no local a trabalho, e teme represálias da Secult, já que o governo de Roraima tem um histórico de ser vingativo com seus críticos.

Confira as imagens: 

Contratações polêmicas

Ontem (23), o Roraima 1 falou sobre a contratação da artista Manu Bahtidão, que após o adiamento da festa por parte do governo de Roraima não teve mais agenda para comparecer ao arraial. Sendo assim, a multa contratual pode ter sido paga em prol da artista, com valor do metade do cachê, o que corresponde a R$ 325 mil. 

Sem que o governo de Roraima responda sobre o caso, informando à sociedade quanto foi realmente pago pela multa contratual à cantora, a reportagem solicitou essa transparência via lei de acesso à informação. Pelos meios legais, dentro de 15 dias saberemos quanto foi pago pela Secult, ainda que à contragosto da gestão. Transparência com a aplicação de recursos públicos não é algo opcional, ainda que o governo aja de outra forma.

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