Em uma operação coordenada e audaciosa, as Forças Armadas desarticularam dois garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A ação, parte da Operação Catrimani II, envolveu uma cooperação sem precedentes entre militares da Marinha do Brasil e agentes da Força Nacional, visando combater atividades ilícitas na região.
A operação, denominada “XARAKA II” (flecha, no dialeto Yanomami), foi realizada na região de Waikás/RR, localizada aproximadamente 300 km de Boa Vista/RR, às margens do Rio Uraricoera. Durante a ação, os militares e agentes identificaram e desarticularam dois garimpos ilegais, onde foram encontrados 200 kg de cassiterita em sacos e aproximadamente uma tonelada do mineral em montes no terreno.
Para garantir a efetividade da missão, diversos equipamentos utilizados pelos garimpeiros ilegais foram destruídos, incluindo 10 motores, uma esteira, três geradores, uma motosserra e três motobombas. A destruição desses equipamentos foi essencial para desmantelar a infraestrutura do garimpo ilegal e interromper suas operações.
Colaboração entre Forças e Agências
A missão “XARAKA II” foi fruto de uma estreita colaboração entre as Forças Armadas, a Casa de Governo em Roraima e outras agências de inteligência. A operação contou com a participação de militares do Destacamento de Operações Especiais da Marinha do Brasil (MB) e agentes da Força Nacional, além do apoio de uma aeronave H-36 Caracal da Força Aérea Brasileira.
Esse esforço conjunto foi fundamental para a identificação precisa dos alvos e a execução bem-sucedida das ações repressivas. O trabalho colaborativo permitiu a integração das capacidades únicas de cada instituição, ampliando o alcance e a eficácia da operação.
Impacto e Importância da Operação Catrimani II
A Operação Catrimani II, coordenada pelo Ministério da Defesa, tem como objetivo principal a desintrusão, o combate às organizações criminosas, a proteção territorial e a repressão de ilícitos ambientais na Terra Indígena Yanomami. O Subcomandante da operação, General de Divisão Cláudio Henrique da Silva Plácido, destacou a importância da cooperação entre as diversas forças envolvidas. “Os esforços conjuntos entre as Forças Armadas, as Forças de Segurança e demais agências que atuam na operação de desintrusão resultam em melhores resultados para o objetivo final da Catrimani II. A missão ‘XARAKA II’ foi mais um passo para desarticular o fluxo logístico do garimpo e neutralizar a infraestrutura que sustenta essa atividade”, afirmou.
A presença constante e atuante das Forças Armadas na Amazônia, especialmente através da Operação Catrimani II, demonstra o compromisso do Brasil em proteger suas terras indígenas e combater atividades ilegais que ameaçam a integridade ambiental e a segurança da região.