O Ministério da Saúde destinou R$ 34,2 milhões ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI – Y), em Roraima, entre janeiro de 2023 e 18 de junho de 2024. O valor é 26 vezes maior do que o investido no período de 2019 a 2022, quando foi destinado R$ 1,3 milhão, no governo de Jair Bolsonaro (PL).
A unidade é responsável pela gestão das atividades do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) na região. A pasta informou que os recursos foram destinados à ampliação e melhora da estrutura, como obras e materiais permanentes.
A pasta informa ainda que foram realizadas obras de saneamento, como implantações, reformas e ampliações de Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e Módulos Sanitários Domiciliares (MSD), e em obras de edificações de saúde, como Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI), Casas da Saúde Indígena (CASAI), sedes de DSEI, alojamentos e polos base.
Desde janeiro de 2023, o Ministério da Saúde aumentou o efetivo de profissionais, dobrou o investimento em ações de saúde e trabalhou para garantir a adequada assistência a essa população.
“As ações fazem parte da reestruturação das políticas de saúde e de cuidado aos povos indígenas após a desassistência e abandono”, afirma.
Em todo Brasil, 34 DSEI são divididos estrategicamente por critérios territoriais, tendo como base a ocupação geográfica das comunidades indígenas. Segundo a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), o povo Yanomami tem a maior terra indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas.
Em 2023, o Ministério da Saúde registrou 363 mortes de indígenas em território Yanomami, crescimento de quase 6% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 343 óbitos.
A pasta alega subnotificação em 2022 e nos anos anteriores relacionada a uma “precarização da estrutura dos serviços e sistemas de saúde indígena dos últimos anos”.