Em uma ação decisiva contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), uma operação coordenada pela Casa de Governo tem desativado pistas de pouso irregulares na região de Alto Alegre em Roraima. Iniciada em 6 de junho, a operação já destruiu seis das onze pistas identificadas.
Essas pistas de pouso são essenciais para a logística dos garimpos ilegais, pois facilitam a entrada de máquinas e suprimentos, além da retirada de minérios. A ação faz parte de uma iniciativa do Governo Federal voltada para a proteção dos Yanomamis, com o objetivo de combater a expansão do garimpo ilegal na TIY e estrangular a rede de suporte logístico que abastece essas operações criminosas.
Nos dias 7 e 8 de junho de 2024, a operação se concentrou na destruição de pistas de pouso clandestinas em Alto Alegre, Roraima. No dia 7 de junho, duas pistas foram destruídas, e no dia seguinte, mais duas pistas foram desativadas. Essas ações contaram com a participação de diversas forças de segurança, incluindo o Ibama, Exército e a Força Nacional, que uniram esforços para desmantelar a infraestrutura utilizada pelos garimpeiros.
Além da destruição das pistas, foram apreendidos e destruídos 25 litros de AVGás, combustível essencial para a logística aérea dos garimpeiros, dificultando assim suas operações de abastecimento.
Histórico do Garimpo Ilegal na TI Yanomami
A TI Yanomami, uma das maiores reservas indígenas do Brasil, tem sido alvo de garimpeiros ilegais por décadas. A exploração de ouro na região intensificou-se nas últimas décadas, resultando em graves impactos ambientais e sociais.
Os garimpeiros ilegais destroem a floresta, poluem os rios com mercúrio e trazem doenças para as comunidades indígenas. A situação piorou durante os últimos anos, levando o governo federal a intensificar as ações de combate ao garimpo ilegal.