Pastor Diniz (União-RR). Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3600/23, que cria o Programa Nacional de Incentivo e Comercialização do Açaí.

O relator, deputado Pastor Diniz (União-RR), defendeu a aprovação. “A proposta parece bem estruturada, com potencial de impulsionar toda a indústria do açaí, sobretudo no que se refere às comunidades produtoras”, afirmou.

Segundo o autor, deputado Raimundo Santos (PSD-PA), o projeto de lei deverá ajudar o desenvolvimento das cadeias produtivas do açaí. A implantação, a regulamentação e a cooperação do programa caberão ao Poder Executivo.

Principais pontos
Pelo texto aprovado, o programa terá como princípios e diretrizes:

  • ampliar a produção e o processamento do açaí;
  • criar programas de treinamento da mão de obra;
  • aprofundar o acesso a tecnologias e conhecimentos que melhorem as condições de trabalho e rendimento e a qualidade de vida dos produtores;
  • promover o acesso facilitado a educação financeira, assistência técnica e sistema diferenciado de garantias para produtores;
  • desenvolver incentivos para produção e processamento do açaí;
  • fomentar o associativismo nas cadeias de produção e processamento;
  • cultivar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico para garantir o aproveitamento econômico sustentável do setor; e
  • fomentar o desenvolvimento econômico e social sustentável dos estados e municípios.

O projeto de lei autoriza a realização de parcerias entre entidades públicas (federais, estaduais e municipais) e com o setor privado. Além de prever recursos orçamentários em ações do governo, o texto sugere a criação de linhas de crédito específicas.

Produção mundial
“O Brasil responde por 85% da produção mundial de açaí, e o Pará, por mais de 90% da safra”, disse Raimundo Santos. Amazonas, Acre, Amapá, Maranhão, Rondônia, Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Tocantins também são produtores.

“O açaí é consumido de diversas formas, puro ou com misturas, e traz benefícios à saúde no controle do colesterol e da pressão arterial, na prevenção de doenças degenerativas e na redução do risco de câncer”, afirmou o parlamentar.

Próximo passo
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

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