Foto: Jader Souza

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) vai realizar a audiência pública “A UERR que Queremos” para discutir as metodologias de ingresso e denúncias feitas contra a Universidade Estadual de Roraima (UERR). O evento vai ocorrer em 22 de maio, a partir das 9h, no Plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas.

O requerimento apresentado pelo presidente do Poder Legislativo, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), foi aprovado nesta terça-feira (14), durante sessão plenária. Ele disse que se reuniu na última semana com o reitor da instituição, Cláudio Delicato, e decidiram discutir as mudanças na UERR em um amplo debate público. Para Sampaio, é preciso que o ingresso na instituição ocorra de maneira séria, transparente e segura.

“Nos reunimos na semana passada, procurei contextualizar a real situação e definimos a audiência pública para a próxima quarta-feira, com o objetivo de conhecer de perto e deixar o espaço aberto para toda a sociedade contribuir. O intuito é construirmos uma UERR em sintonia com o Estado. Estamos oferecendo as graduações necessárias para esse desenvolvimento? Entendemos que não pode ser algo definitivo, ou seja, oferecermos os mesmos cursos de 15 anos atrás que já representam a realidade de Roraima”, defendeu Sampaio.

Indignação

Uma resolução aprovada pela UERR causa polêmica entre vestibulandos que pretendem ingressar na instituição. Isso porque a decisão permite que a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) possa ser usada para conseguir vaga nos cursos de graduação. Para os estudantes, isso dificultaria o acesso ao ensino superior, tendo em vista as desigualdades educacionais entre as regiões brasileiras.

“Na semana passada, tivemos essa resolução que afirma que teríamos acesso à universidade apenas pela nota do Enem, algo que nos indignou muito, por isso estamos fazendo toda essa movimentação, mobilizando os Poderes em busca de respostas, porque o documento é ambíguo e contraditório. Queremos a fixação do vestibular tradicional, a fim de valorizar o estudante roraimense, o que irá se formar e ficar no Estado, auxiliando no desenvolvimento”, explicou a vestibulanda Gabriela Couto, de 19 anos.

Durante a sessão desta terça-feira, os deputados criticaram a nova resolução da UERR e pediram a convocação urgente do reitor da instituição para prestar esclarecimentos à Casa Legislativa. Se aprovado um requerimento das comissões de Educação e Administração, o reitor deve comparecer à ALE-RR em 20 de maio, às 10h, para responder aos questionamentos dos deputados.

Os parlamentares acreditam que ampliar o acesso à UERR prejudica, no futuro, a prestação de serviços para a população do Estado, já que os profissionais formados deixam Roraima e voltam para os estados de origem. Também avaliam que o nível de escolaridade dos grandes centros urbanos cria uma desigualdade educacional entre os vestibulandos.

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