Um tenente da Polícia Militar de Roraima (PMRR) foi preso após denúncia de invasão a uma fazenda. A juíza Lana Leitão Martins da Vara da Justiça Militar emitiu o mandado de prisão na segunda-feira (29).
De acordo com a denúncia, o tenente invadiu uma propriedade juntamente com outros 9 policiais militares. Entre eles, um sargento preso em abril acusado de simular confrontos e matar pessoas em Boa Vista.
O denunciante, se identificou como proprietário de um sítio na região do Truaru em Boa Vista. Ele relatou que sua ex-companheira, que mantém um relacionamento com o tenente, chegou à sua propriedade para tomar posse do local. Além dos policiais havia mais dois homens à paisana e armados.
A vítima contou que a ex-mulher e os militares desligaram as câmeras de segurança da propriedade, assim como o roteador de internet. Depois um dos policiais disse que o conduziria para a Central de Flagrantes, mas no caminho mudou de ideia e o levou para o 1º Distrito Policial.
Na delegacia a vítima teria sofrido intimidações por parte do tenente. Toda a ação ocorreu sem mandado judicial.
Em nota, a Polícia Militar de Roraima informou que na manhã de ontem (30) ocorreu a prisão do policial militar lotado no 2° Batalhão da PMRR, por suspeita de invasão de domicílio e ameaça.
A detenção se deu em cumprimento ao Mandado de Prisão expedido pela Justiça Militar, sendo que o policial se apresentou espontaneamente à Corregedoria da PMRR. Na manhã desta quarta-feira (1°), ele passou por audiência de custódia e permanece preso à disposição da Justiça.
A PMRR ressaltou ainda que o militar se encontra na condição de acusado. Dessa forma, tem a garantia do direito do contraditório e à ampla defesa, como princípios fundamentais. Além disso, a PMRR reforçou compromisso com a estrita legalidade, não tolerando qualquer desvio ético ou conduta ilícita nas fileiras da Corporação.
“A Corregedoria-Geral da Polícia Militar continuará acompanhando o caso e tomará todas as providências para que o fato seja esclarecido e que todas as ações legais necessárias sejam tomadas em conjunto com as autoridades judiciais”, finalizou.