Roraima atingiu 50% de regularização de dívidas dos consumidores em 2023, apresentando o pior desempenho do Brasil. Os dados do Serasa Experiam mostram que apenas metade dos roraimenses que estavam com o nome sujo na praça renegociaram suas dívidas e pagaram até uma ou mais dívida. Depois de Roraima ficaram o Distrito Federal (55,8%), Amazonas (56,6%), Rondônia (59,6% e São Paulo (60,3%).
A recuperação de crédito do consumidor no país chegou a 64% e foi considerado o melhor desempenho dos últimos seis anos de pesquisa. O estado do Rio Grande do Sul teve o percentual mais expressivo de dívidas pagas (70,0%), seguido da Paraíba (69,7%), Sergipe (68,9%), Ceará (68,5%) e Góias (67,2%).
“Um regulador do mercado de crédito é justamente a taxa de juros, cenários que as taxas de juros estão em fase de alta, isso tende a diminuir a demanda por crédito e acaba influenciando negativamente esse indicador. O banco Central até determinado período do ano manteve essas taxas estáveis, mas também começou um ciclo de quedas na taxa Selic. Além disso, a medida em que atividade econômica vai se recuperando isso vai influenciar também a demanda por crédito e as condições para se autorizar esse tipo de modalidade”, frisou o economista Cássio Bessaria.
Os principais setores que tiveram mais renegociações pagas foram as dívidas nos bancos e de cartões de crédito. Em seguida vieram as utilities que compreendem a dívida dos consumidores com concessionárias que fornecem água, energia e gás. Outro setor com desempenho de pouca recuperação foi o do varejo. As dívidas de mais de R$10 mil foram as que tiveram maior volume de negociação e pagamentos. Em seguida são as dívidas entre R$ 500 e R$ 1 mil.