O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) será um dos titulares da CPI das Apostas Esportivas, que será instalada nesta quarta (10). Ele afirma que tem que ser feito um trabalho minucioso de investigação e que é necessário ouvir vários atores suspeitos de manipulação de resultados de jogos.
“Na verdade, existe um mundo nebuloso nesse meio esportivo e os fatos estão aí largamente difundidos em relação a resultados dos jogos”, disse. Para ele, é preciso criar regras claras e rígidas para que esses fatos não se repitam.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das apostas esportivas no Senado já pode ser instalada. Os partidos da Casa Alta indicaram os nomes dos parlamentares para integrar a comissão e a indicação foi oficializada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta terça-feira (9).
A CPI das apostas esportivas do Senado foi proposta pelo senador Romário (PL-RJ), presidente da Comissão de Esporte. A ideia é apurar denúncias de suspeitas de manipulação de jogos de futebol ligados a ganhos com apostas esportivas. A Câmara teve um colegiado com o mesmo objetivo em 2023.
Os integrantes da nova CPI indicados até o momento são:
- Veneziano Vital do Rego (MDB-PB);
- Marcio Bittar (União Brasil-AC);
- Otto Alencar (PSD-BA);
- Angelo Coronel (PSD-BA);
- Jorge Kajuru (PSB-GO);
- Chico Rodrigues (PSB-RR);
- Romário (PL-RJ); e
- Eduardo Girão (Novo-CE).
Além dos titulares, outros quatro senadores já foram indicados como suplentes: Giordano (MDB-SP), Efraim Filho (União Brasil-PB), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Carlos Portinho (PL-RJ).
Ainda faltam os indicados do bloco do PP e Republicanos. Uma CPI do Senado precisa ter 11 integrantes titulares. Com os oito senadores titulares indicados, o colegiado já pode ser instalado. A data para a instalação, no entanto, ainda não foi definida.
Com um objetivo igual ao da comissão da Câmara, a CPI terá como foco as apostas esportivas. O colegiado dos deputados durou quatro meses, mas chegou ao fim sem que o relatório final fosse aprovado e, assim, sem nenhuma recomendação de providências.
O tema chamou a atenção com um escândalo no final de 2022. Na época, o Ministério Público de Goiás identificou um esquema de manipulação de resultados em aplicativos de apostas sobre jogos das séries A e B do Brasileirão. Atletas e observadores supostamente combinavam condutas específicas, como faltas e resultados de pênaltis, e compartilhavam os lucros das apostas.
O requerimento de Romário que criou a nova CPI das apostas esportivas no Senado indica que as investigações podem durar até seis meses.