Foto: Victor Moriyama/ISA

Estimativas do Ministério dos Povos Indígenas divulgadas na semana passada apontam que o número de garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, caiu 65% desde o começo das ações de desintrusão dos invasores e de auxílio humanitário às comunidades indígenas, há pouco mais de um ano. Dos cerca de 20 mil garimpeiros presentes até o começo do ano passado, em torno de 13 mil deixaram o território.

Entretanto, a presença persistente de 7 mil garimpeiros na Terra Yanomami, mesmo com as restrições de acesso impostas pelo governo federal em 2023, mostra o tamanho do desafio que o poder público ainda enfrenta na região. Os dados foram apresentados durante coletiva na última 3ª feira (26/3) na Casa de Governo, novo órgão federal responsável pela coordenação das ações no território Yanomami, em Boa Vista.

Desde o começo do ano, o governo vem anunciando novas medidas para intensificar a fiscalização e a proteção das populações indígenas na Terra Yanomami. A principal delas foi a Operação Catrimani, um esforço conjunto do MPI com o Ministério da Defesa para facilitar a distribuição de cestas básicas e medicamentos às aldeias.

De acordo com o governo federal, cerca de 200 comunidades foram atendidas desde o começo do ano com 11,8 mil cestas básicas distribuídas pela Marinha, pelo Exército e a Aeronáutica, sob coordenação da FUNAI. Com isso, os pontos de entrega de alimentos dentro do território aumentaram de 90 para 177, beneficiando em especial as áreas mais críticas, como Auaris e Surucucu.

O próximo foco de ação será a desintrusão do restante dos garimpeiros que ainda permanecem no território Yanomami. “O objetivo a partir de agora é a gente se debruçar em um planejamento estratégico para a retirada dos garimpeiros, mas também da retomada do território pelo Povo Yanomami”, destacou Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo.

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