O senador Dr. Hiran (PP-RR) destacou, em pronunciamento no Plenário na terça-feira (12), a falta de cumprimento de um acordo firmado há quase um ano para a restruturação e modernização da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Ele enfatizou a importância da instituição, responsável por obras de saneamento em municípios pequenos, e ressaltou a situação crítica em Roraima, que enfrenta uma das maiores secas da história.
Dr. Hiran ressaltou que o objetivo do acordo, firmado entre parlamentares e o governo, era promover a modernização e o fortalecimento da Funasa, ações fundamentais, em sua opinião, para a implementação de projetos de saneamento básico em comunidades por todo o Brasil. Contudo, ele lamentou que, quase um ano após a formalização do pacto, os resultados alcançados ainda não atendem às expectativas.
“Espero que o governo do presidente Lula possa, o mais rápido possível, estabelecer toda uma estratégia de reestruturação para que as pessoas que moram nesses lugares longínquos e, particularmente, no estado [de Roraima], que estão com dificuldade de se deslocar das áreas rurais para a cidade por conta de toda essa solução de continuidade que foi causada pelos incêndios, que nós possamos dar uma sinalização de que o governo brasileiro realmente se preocupa com essas pessoas”, afirmou.
O senador lamentou a paralisação de obras de perfuração de poços e destruição de vias vicinais devido à falta de recursos para manutenção e de servidores na Funasa. Para ele, a não reestruturação da instituição tem impactado diretamente a vida das pessoas que dependem desses serviços.
“Decorrido quase um ano, não conseguimos recolocar os servidores da Funasa, que eram aproximadamente 1.370 servidores. Hoje só 290 estão na Funasa. O resto, a maioria foi redistribuída para o Ministério das Cidades. Existe uma portaria que tem mais de dois meses que o Ministério da Gestão promete que vai publicar, realocando cerca de 300 servidores de volta para a Funasa, porque a Funasa não tem técnicos para tocar esses projetos, e essa portaria nunca é publicada”, lamentou.