Reprodução/Instagram/@roraimasilvestre

Uma rara irara com pelo branco foi filmada por uma armadilha fotográfica montada em uma reserva florestal de Caracaraí, em Roraima. Normalmente, esse animal costuma ter pelagem escura. Os pelos claros vistos pela equipe do projeto de preservação da biodiversidade Roraima Silvestre se devem a uma condição conhecida como leucismo.

“Diferente do albinismo, os olhos e a e pele mantêm a pigmentação normal e não são excessivamente fotossensíveis. Pelo contrário, eles parecem ser ligeiramente mais resistentes ao calor do que os indivíduos com coloração de pelo mais escura, já que a pelagem branca permite uma maior reflexão da radiação incidente, reduzindo assim a absorção térmica”, explicou o projeto Roraima Silvestre nas redes sociais.

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Com nome científico Eira barbara, o animal é uma espécie tipicamente florestal, abrigando-se em ocos de árvores, troncos e em tocas feitas por outros animais. O nome popular irara vem da junção dos termos tupis i’rá (mel) e rá (tomar). Já o nome científico da espécie (Eira) tem origem na língua guarani. No Brasil, essa espécie também é chamada de papa-mel, em referência a um dos seus alimentos preferidos.

Esse animal possui um corpo esguio e alongado, com cauda comprida e peluda. A pelagem pode variar em indivíduos totalmente marrom escuros até totalmente bege amarelados. No entanto, a coloração mais comum é o corpo marrom escuro com nuca e cabeça bege.

Além disso, a irara alimenta-se de frutas, mel, insetos e também de vertebrados de pequeno e médio porte. O animal é considerado um predador ativo e usa o olfato aguçado na busca por alimento e detecção de presas. A agilidade da espécie também é destacada, o que a permite procurar por comida tanto nas copas das árvores como no chão.

“As iraras são ótimas escaladoras, sendo frequentemente vistas em árvores, e também nadam com destreza. O padrão de deslocamento é longo, podendo viajar de 2 a 8 km por dia. É mais ativa durante o dia e predominantemente solitária, mas também é possível avistar pares e mães com filhotes. Geralmente, tem ninhadas de 1 a 3 filhotes, depois de uma gestação que pode durar de 63 a 67 dias. Os indivíduos usam a vocalização, similar a um latido, como meio de comunicação”, informa a ONG World Wide Fund for Nature.

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