Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os ministros das Relações Exteriores da Venezuela, Ivan Gil, e da Guiana, Hilton Todd, comprometeram-se a manter o diálogo e evitar ameaças em relação ao impasse territorial em Essequibo. A decisão ocorreu após de mais de sete horas de reunião no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

O encontro, que contou com a presença do chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), representa um esforço mediado pelo Brasil para restabelecer a confiança entre os dois países.

O governo brasileiro busca desempenhar um papel de mediador no conflito regional, especialmente diante dos planos do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, de anexar quase 70% do território da Guiana à Venezuela, uma região rica em petróleo.

Nesse contexto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está se preparando para viajar à Guiana e participar da cúpula da Comunidade dos Estados do Caribe (Caricom) em 28 de fevereiro. O bloco é composto por 20 países caribenhos, com 15 estados-membros e cinco associados. O Brasil participará como convidado, uma vez que não é membro do bloco.

Entenda a tensão entre os dois países

A região de Essequibo pertence à Guiana. Mas, em dezembro do ano passado, a Venezuela aprovou a anexação do território após um referendo feito no país. O resultado aumentou a tensão na localidade.

Uma tentativa anterior de acordo foi feita, em 2023, a partir de um encontro entre os chanceleres das duas nações no Caribe. Ambos se comprometeram a resolver o impasse sem o uso de força. O diálogo também foi mediado pelo Brasil.

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