Foto: Arte Roraima 1

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, chegou a Brasília nesta quarta-feira (24), onde se reunirá na quinta-feira com seu homólogo guianense, Hugh Hilton Todd, para dar continuidade ao diálogo sobre a disputa territorial pela região de Essequibo.

O encontro, que segue a reunião de dezembro entre os presidentes Nicolás Maduro e Irfaan Ali, contará com a mediação de Brasil, Dominica e São Vicente e Granadinas.

“Vamos ter uma nova etapa de diálogo direto, de diálogo bilateral”, disse Gil ao chegar a Brasília em declaração ao canal estatal da Venezuela.

O processo busca dissipar as tensões geradas no final do ano passado, que levantaram temores de conflito armado na região.

“Já o fato de reativar esse diálogo direto (…) é um sucesso para a diplomacia (…) porque afasta qualquer possibilidade de conflito além da controvérsia territorial que temos”, acrescentou Gil.

Ambos os países chegam a Brasília mantendo suas respectivas posições sobre a controvérsia.

Guiana mantém sua posição de que a disputa deve ser resolvida pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), e a Venezuela continua apelando ao Acordo de Genebra, assinado em 1966, que estabeleceu as bases para uma solução negociada e anulou a sentença de 1899 que fixou as atuais fronteiras defendidas por Georgetown.

Gil, no entanto, disse que vai à reunião “com espírito de boa fé”.

“Esperamos que a Guiana também venha com espírito de boa fé, e veremos isso nas conversas de amanhã”, acrescentou.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela também indicou que busca “trabalhar para evitar” que potências militares ou “imperiais” possam “se envolver na controvérsia”.

Ele se referia à presença do navio de guerra britânico em águas guianenses em dezembro, que a Venezuela considerou uma “provocação”, respondendo com a mobilização de mais de 5.600 homens em exercícios militares perto da fronteira, sem incursão na Guiana.

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