As principais ações para assistência aos indígenas Yanomami em 2023, estruturadas pelo Ministério da Saúde e demais ministérios envolvidos na operação, são aqui registradas:
No ano passado foram notificadas 308 mortes no território e em 2022, 343, segundo dados do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (Siasi). O Ministério da Saúde esclarece que a queda de óbitos é um dos resultados da operação do Governo Federal que, desde janeiro, atua para salvar vidas e combater a crise humanitária enfrentada por essa população nos últimos anos. A desassistência e desmonte das políticas de saúde indígena ainda causam consequências profundas que estão sendo combatidas com ações de emergência e estruturantes de forma interministerial.
As principais causas de mortes que sofreram redução em 2023, se comparado ao ano de 2022, são:
Causas de óbitos | 2022 | 2023 |
Influenza (gripe) e pneumonia | 78 | 55 |
Doenças por protozoários | 17 | 36 |
Desnutrição | 44 | 29 |
Doenças infecciosas intestinais | 28 | 14 |
Mortes por agressões | 56 | 44 |
Outras causas | 120 | 130 |
Total | 343 | 308 |
É importante esclarecer que a consolidação do número de mortes é um processo em atualização, que requer uma investigação detalhada, e que se tornou ainda mais complexo diante da precarização dos sistemas de notificação e vigilância no território identificados no início deste ano. Dessa forma, essa precarização pode levar a um número ainda maior de óbitos ocorridos até 2022.
Diversas outras ações de caráter estruturante e emergencial foram realizadas em 2023 com objetivo de garantir dignidade aos povos indígenas, como:
• a ampliação do número de profissionais em atuação no DSEI-Y (+40%, passando de 690 profissionais para 960 entre 2022 e 2023);
• a realização de testes em massa para detecção de malária (140.042 exames);
• implementação do plano de ação para a desnutrição infantil;
• reabertura de 7 Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) e Polos Base fechados, fruto do descaso do governo anterior e da ação criminosa dos garimpeiros que queimaram as unidades.
Também foram enviados 117 profissionais para os distritos sanitários pelo programa Mais Médicos. Somente no território Yanomami, o número de médicos do programa em atuação aumentou de 9 para 28 em 2023.