Draga de garimpo no rio Parima, na Terra Yanomami — Foto: Divulgação/Condisi-YY

Entre tantos gargalos para o governo federal neste ano, o combate permanente ao avanço do garimpo em terra indígena será um desafio no ano.

Em 2023, as Forças Armadas mobilizaram 1.400 militares nas ações de combate ao crime na Terra Yanomami, reduzindo a área de garimpo em 78,5%.

As ações resultaram na prisão de 165 pessoas e na apreensão de toneladas de minério e ouro que somaram 55 milhões de reais em prejuízos ao crime organizado.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já vinha reprimindo o garimpo em reservas indígenas, mas isso tem empurrado alguns garimpeiros para outras florestas onde havia menos fiscalização.

Este mês, agentes armados do ICMBio desceram de helicópteros em acampamentos de garimpeiros no alto do Tapajós, um afluente do rio Amazonas

Eles incendiaram barcaças usadas para bombear e filtrar o minério, destruíram escavadeiras e motosserras e apreenderam armas, rádios e balanças usadas pelos garimpeiros para pesar o ouro.

Lula prometeu erradicar o garimpo ilegal e acabar com o desmatamento até 2030. Essa é uma forte reversão da política de seu antecessor, Jair Bolsonaro, que foi criticado mundialmente por relaxar os controles ambientais, dando aos madeireiros e garimpeiros ilegais liberdade de ação na Amazônia. Ele argumentava que o Brasil tinha o direito de desenvolver seus recursos naturais.

 

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