Foto: Divulgação

A data mais importante para o comércio varejista chegou e o Natal de 2023 deve movimentar aproximadamente R$ 143 milhões no comércio varejista, em Roraima. Segundo estimativas feitas pela Fecomércio/RR, com base nos dados da CNC, o valor estimado ficou levemente abaixo do valor apresentado em 2022, projetando uma retração de 0,9%.

“Apesar do aumento médio dos preços dos produtos tipicamente mais demandados no Natal, ter uma previsão de elevação de apenas 0,3%, o alto nível de endividamento e inadimplência das famílias roraimense, são fatores que acabam restringindo o poder de compra do consumidor e consequentemente impactando negativamente no volume de vendas do comércio em Roraima”, destaca o economista e assessor econômico da Federação do Comércio, Fábio Martinez.

O destaque deste ano deve ser o ramo de hiper e supermercados, liderando a movimentação financeira. Em segundo lugar, vêm os estabelecimentos especializados em itens de vestuário, calçados e acessórios, enquanto as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico ocupam a terceira posição. Em média, as vendas no varejo crescem 25% na passagem de novembro para dezembro; especificamente no caso de roupas e acessórios, o aumento chega a 80%.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) contínua, revela que a massa real de rendimentos cresceu 5% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Outra pesquisa da CNC, divulgada neste mês, aponta que os consumidores devem priorizar a ida às compras na hora de destinar a segunda parcela do 13º salário. “O consumidor acaba deixando as compras de Natal para a semana que antecede a data e devemos ter um aumento no comércio nos próximos dias. As festas de fim de ano ocupam o primeiro lugar nas vendas do comércio varejista e muitas pessoas aproveitam esse período para presentear, arrumar a casa, alimentos, viagens e nos salões de beleza. São atitudes típicas dessa época do ano que aquecem a nossa economia”, complementa o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac/IFPR em Roraima, Ademir dos Santos.

Televisões, computadores e celulares mais baratos

Conforme a CNC, este Natal apresenta uma peculiaridade, apesar de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) indicar uma leve tendência de aumento nos preços dos produtos natalinos, com um avanço médio de 0,3% nos 12 meses encerrados em dezembro. Mas, o contexto é bem mais promissor, já que, no ano passado, puxado pela forte alta dos preços de itens de vestuário, o reajuste médio da cesta de produtos natalinos ultrapassou os 13%.

Presentes mais caros, como televisões e computadores, estão 9,4% mais baratos, e o preço dos celulares caiu 5,9%. Por outro lado, as maiores altas serão nos preços de calçados infantis (10,1%), livros (9,9%) e perfumes (8,5%). O preço dos alimentos teve ligeira redução de 0,7%.

Maior importação desde 2014

A taxa de câmbio, historicamente um componente relevante nos custos do varejo, apresenta tendência de declínio nos últimos meses, o que impactou as importações no Brasil. Em novembro do ano passado, a taxa média de câmbio ao cabo de novembro acusou (R$ 4,94) retração de 6,8% em relação a novembro de 2022 (R$ 5,29).

Com isso, de setembro a novembro de 2023, as importações de produtos natalinos atingiram US$ 476 milhões, o maior volume em nove anos. O destaque da pesquisa é o aumento de 15% nas importações de pescados e carnes típicas e de 43% em oleaginosas, na comparação com o mesmo período do ano passado.

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