Joenia Wapichana e Charles III. Foto: divulgação.

A presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, que participa da COP28 em Dubai, nos Emirados Árabes, encontrou-se com o rei da Inglaterra, Charles III. “Antecedendo à Cerimônia de Abertura da COP28 nos Emirados Árabes Unidos, participei de uma recepção com a presença do Rei Britânico Charles III. O evento tem o objetivo de reconhecer as contribuições dos povos indígenas no combate à crise climática e contou com a participação de representantes indígenas de várias partes do mundo”, publicou.

Mais de 50 lideranças indígenas da Amazônia brasileira estão na capital dos Emirados Árabes Unidos (EAU), desde 24 de novembro, para participar da  28ª Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), a COP28. Em 2023, a conferência acontecerá entre os dias 30 de novembro a 12 de dezembro, com a participação de líderes mundiais, organizações da sociedade civil e autoridades indígenas do clima.

A delegação indígena da Amazônia já conta com representantes de 40 povos, que participarão dos espaços para propor ações efetivas para os líderes mundiais. Entre as nações representados estão: Amanayé, Apurinã, Arapiun, Bakairi, Baniwa, Baré, Canoé, Gavião, Guajajara, Huni Kuin, Juma, Kaiabi, Kamaiurá, Karajá Xambioá, Karipuna, Kayapó Mebêngôkre, Kisedje, Krikati, Makuxi, Manchineri, Manoki, Marubo, Munduruku, Parakanã, Rikbaktsa, Sateré-Mawe, Suruí, Taurepang, Terena, Tiriyó, Tukano, Tupari, Wapichana, Wayoro, Witoto, Xerente, Yawalapiti, Yudja.

Os participantes da Conferência já integraram discussões na Plataforma de Comunidades Locais e Povos Indígenas (LCIPP) e da Reunião Preparatória do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (IIPFCC) – Caucus Indígena, eventos preparatórios para os debates durante a COP28.

 COP30

 A Amazônia brasileira receberá a COP30 que acontecerá em Belém (PA), em 2025. Indígenas e representantes de comunidades tradicionais se organizam para uma incidência extensa durante a Conferência no Brasil. No início de novembro, por exemplo, organizações da sociedade civil se reuniram em Brasília para desenhar a atuação em 2025.

Em agosto de 2023, a capital do Pará recebeu os Diálogos Amazônicos, uma série de atividades e discussões preparatórias para a COP,  organizadas pelo Governo Federal e por entidades da sociedade civil. Mesmo após a participação de povos indígenas e comunidades tradicionais, o Brasil não sinalizou avanço nas políticas necessárias para combater o efeito da crise climática que afeta a região.

O coordenador-geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Toya Manchineri, aponta o diálogo entre populações indígenas e governantes como saída para a crise climática. “O Estado não está ouvindo as populações indígenas para em conjunto tratar sobre as condições e condicionantes para a implementação de projetos que ferem diretamente as nossas vidas. Somos os que menos influenciam para a crise climática, mas somos os que mais sofrem as consequências delas. A Amazônia está em estado de alerta com as secas, queimadas, invasão nos territórios e com o garimpo que polui nossas águas. Sem água, não há vida. As nações responsáveis estão nos matando por sua falta de compromisso com as metas estabelecidas”, afirma.

 Programação

 A programação da  Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) tem como tema Amazônia Indígena pela Justiça Climática, e acontecerá de 1º a 9 de dezembro. Os povos indígenas da Amazônia brasileira levam a Dubai a realidade dos territórios e alternativas ao modelo econômico atual que conduz o planeta à crise climática extrema.

Dentre as atividades, estão previstos dois lançamentos: um do Boletim Emergência Climática nas Terras Indígenas da Amazônia Brasileira, e outro do site dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas da Amazônia.

A gerente de Monitoramento Territorial Indígena (Gemti) da Coiab, Vanessa Apurinã, ressalta a importância da divulgação de dados sobre a estiagem na Amazônia. “A complexa teia entre desmatamento, incêndios e seca na Amazônia, aponta a necessidade urgente de medidas coordenadas que integrem preservação ambiental, políticas socioeconômicas e ações climáticas para assegurar a sustentabilidade da Amazônia”, destacou.

1 comentário

  1. – Isso é mais uma malandragem dessa e de outros indígenas, interessados tão somente em arrancar dinheiro de quem possa fazer doações.
    – Pseudo lideranças indígenas, sem saber quanto custa, enchem o padulho de picanha e outras carnes nobres todos os dias, enquanto os indígenas que dizem representar morrem à mingua.
    – Pilantragem pura! Achou ruim? Me processa ou vai no balcão das minhas preocupações e reclama. Lá é 0800.

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