Foto: Greenpeace

A área com perda florestal na Amazônia foi de 9.001 quilômetros quadrados (km²) entre agosto de 2022 e julho de 2023. Os números oficiais do governo federal foram divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília, após reunião da Comissão Interministerial de Prevenção e Controle do Desmatamento, que reúne 19 ministérios.

Se comparado ao último levantamento do Inpe, representa queda de 22,3% do total da área desmatada entre as duas temporadas. Na edição anterior, o número fechou em 11.594km², entre agosto de 2021 e julho de 2022. Essa metodologia considera sempre o intervalo de agosto de um ano a julho do ano seguinte. No resultado de 2023, portanto, há cinco meses do Governo Jair Bolsonaro (PL) e sete do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os Estados, a redução foi ainda mais acentuada em Rondônia (-42%), no Amazonas (-40%) e no Pará (-21%). Mas houve Estados, como o Mato Grosso, em que o desmatamento aumentou (+9%).

Os dados compõem o relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), considerado o mais exato para medir as taxas anuais. Porém, é distinto do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que ilustra os alertas mensais – e que já sinalizava quedas na devastação do bioma nos últimos meses.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, atribuiu a queda na perda de floresta a uma série de ações, com destaque, sobretudo, ao aumento de 104% dos autos de infração aplicados pelo Ibama por atos contra a flora na Amazônia. As apreensões aumentaram 61%, os embargos, 31%, e a destruição de equipamentos 41%.

“Tem uma ação integrada do governo para poder alcançar esse resultado em cima dos eixos que não é apenas de comando e controle, como vocês vão ver, é também de desenvolvimento sustentável, é também de instrumentos econômicos, é também de ordenamento territorial e regularização fundiária, que é assim que o desmatamento haverá de cair“, disse a ministra.

Entre as Unidades de Conservação (UCs), houve redução de 58% da taxa de desmatamento e alta de 320% dos autos de infração aplicados pelo ICMBio no mesmo período. Com o resultado obtido de agosto de 2022 a julho de 2023, foi evitada a emissão de 133 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e) na atmosfera, o que representa cerca de 7,5% das emissões do País, tendo como base o ano de 2020, último dado oficial disponível.

 

1 comentário

  1. – As perguntinhas que não querem calar são:
    1)- e as queimadas na Amazônia, entraram nessa conta?
    2)- E os incêncios no Pantanal, que são os maiores de todos os meses de Novembro de todos os tempos também estão inseridos?
    3)- E os milhares de metros cúbicos de madeira apreendidos também foram contados?
    – Afinal, nestes meses de outubro e novembro, em duas operações foram apreendidas as maiores partidas de madeira contrabandeada dos últimos 20 anos. Como é que fica essa conta?

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