Telmário Mota. Foto: acervo pessoal

O ex-senador Telmário Mota, suspeito de ser o mandante do assassinato da ex-mulher, Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, foi preso pela Polícia Civil de Goiás na noite dessa segunda-feira (30), em Nerópolis, município a 36 km de Goiânia.

Antônia era a mãe de uma das filhas do ex-parlamentar e morreu no fim de setembro, com um tiro na cabeça. Uma das filhas de Telmário também o acusa de estupro no Dia dos Pais do ano passado.

A Polícia Civil não deu mais detalhes sobre a prisão do ex-senador. Telmário é investigado pela Polícia Civil de Roraima em operação chamada de Caçada Real, uma referência ao nome da fazenda do ex-congressista, que ocorreu nas cidades de Boa Vista (RR), Caracaraí (RR) e em Brasília (DF).

O ex-senador era vinculado ao partido Solidariedade. Telmário teria se desfiliado da legenda na terça-feira passada (17) retrasada. O motivo ainda não está esclarecido, mas teria sido por iniciativa do próprio ex-parlamentar.

Formado em economia e contabilidade, Mota começou a carreira política em 2005, como primeiro suplente da Câmara Municipal de Boa Vista. Dois anos depois, em 2007, assumiu o cargo de vereador de Roraima.

Já em 2015, foi eleito Senador da República. Nas eleições de 2018, candidatou-se ao governo de Roraima pelo PTB, mas não se elegeu.

Morte de Antônia Araújo

No início da manhã do dia 29 de setembro, Antônia Araújo, servidora do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami e Yek’uana (Dsei-YY), desde 2017, foi morta com um tiro na cabeça quando saía de casa, no bairro Senador Hélio Campos, zona oeste de Boa Vista.

Antônia estava dentro de um carro com um familiar quando dois homens em uma moto chegaram e atiraram contra a mulher. Ela morreu no local.

Acusação de estupro

Em agosto de 2022, a filha de Telmário Mota e Antônia Araújo, com 17 anos na época, registrou um boletim de ocorrência contra o pai.

A garota afirmou que Telmário a assediou, tocou em suas partes íntimas e tentou arrancar as roupas dela, no domingo Dia dos Pais, depois de ter sido forçada a entrar em um carro e tomar bebidas alcoólicas.

Na época, Telmário negou as acusações e afirmou se tratar de perseguição política.

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