Foto: Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu um pedido de prisão e bloqueio de bens da secretária de Saúde Cecilia Lorenzon, do Governador Antonio Denarium (Progressistas), Wilson Fernando Basso e Harison Silva, por destruição de provas durante investigações da Polícia Federal (PF).

O documento, assinado nessa terça-feira (10), cita que Harison, servidor da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) foi flagrado queimando medicamentos comprados com dinheiro público. O fato teria ocorrido em um sítio no município do Cantá, Norte de Roraima. O local pertenceria a um servidor que, conforme o pedido, faz parte da equipe de Cecília.

O fato ocorreu no dia 6 de setembro, mesmo dia em que a PF deflagrou a operação Hipóxia, que investigou suspeita de superfaturamento em contratos com empresas de recargas de oxigênio, insumos hospitalares e farmacêuticos ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y).

O documento cita ainda a ligação da secretária de Saúde com o empresário Roger Pimentel, preso na operação Hipóxia, dono da Balme empreendimentos LTDA. A empresa é uma das investigadas por desvio de medicamentos aos indígenas Yanomami. De acordo com a denúncia, Roger, Cecília e Wilson Basso mantinham relação de proximidade, incluindo viagem juntos.

O documento chama o esquema na saúde de ‘organização criminosa’. E aponta Cecília Lorezon como a responsável por liderar rede de corrupção. “Nessa situação resta clarividente que a organização criminosa, encabeçada pela secretária do Estado de Roraima Cecilia Lorezon, objetivava claramente a destruição de provas”, diz trecho da denúncia.

Da mesma forma, a denúncia alega irregularidades na atual gestão e aponta que houve consentimento do govenador na destruição das provas. “Levando em consideração que foram identificadas várias irregularidades bem como crimes em forma orquestradas por uma organização atuante no Governo do Estado com conhecimento e anuência do chefe do executivo.” diz o documento.

Por fim, além da prisão de todos os envolvidos na queima das provas, o documento pede também o bloqueio de R$ 30 milhões em bens para que ocorra o ressarcimento ao erário estadual pelos contratos visivelmente superfaturados por impropriedade administrativa.

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