O último mês de setembro foi um dos piores já registrados por alguns estados da região amazônica envolvendo queimadas. A quantidade de pontos de incêndio no Amazonas, por exemplo, chegou a 6.991, a maior do ano e a segunda maior para o mês desde o início da série histórica, em 1998 – atrás apenas do registrado no mesmo período de 2022, quando foram detectados 8.659 focos de queimada.
É o que mostram dos dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), atualizados até sexta-feira (29). O INPE aponta que a média de queimadas em território amazonense para o período é de 3.003. Isso significa que os resultados do último mês representam mais que o dobro do estimado.
A situação é registrada no momento em que os rios do estado enfrentam uma seca severa, que levou o governo a decretar situação de emergência em 55 municípios, pelo prazo de 180 dias.
Além do Amazonas, Amapá e Roraima registraram, respectivamente, 434 e 194 focos de incêndio em setembro, o que representa um recorde em cada Estado. Antes, o maior número havia sido registrado em 2009, com 214 focos de queimada no Amapá e 148 em Roraima.
Em toda a Amazônia Legal, que abrange ainda Acre, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Maranhão e Tocantins, foram registrados 34.470 focos de queimadas em setembro de 2023.