Assembleia Legislativa de Roraima. Foto: SupCom ALE-RR

A secretária de Estado da Saúde de Roraima, Cecília Lorenzon, prestou esclarecimentos a deputados estaduais sobre a execução de emendas parlamentares impositivas, nesta quinta-feira, 28, durante reunião na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). A preocupação dos parlamentares é com os 45% das emendas parlamentares que correm risco de não serem pagas, a três meses de terminar o exercício de 2023.

A secretária detalhou a execução de 45 emendas individuais e coletivas, apresentadas pelos deputados no orçamento deste ano. Dessas, mais de 55,5% foram executadas ou estão em execução pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Os questionamentos sobre a execução das emendas vêm em um momento de crise na gestão estadual.

As emendas parlamentares são indicações feitas pelos deputados no orçamento do governo e podem contemplar qualquer área. A execução é obrigatória e constitucional. As emendas na área da Saúde, por exemplo, tratam desde compra de materiais e medicamentos à construção e ampliação de unidades de saúde com o atraso nas obras da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth e a operação Esculápio, da Polícia Federal, deflagrada em agosto, em que o marido de Cecília, Wilson Fernando Basso, foi um dos alvos.

Durante a reunião, os parlamentares debateram principalmente sobre as emendas que correm risco de não serem executadas neste ano e que somam R$ 4,5 milhões.

Crise

A situação é tensa nos bastidores. No dia 12 de setembro, o advogado Mario Vicenzo protocolou na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) um pedido de impeachment contra Cecília. No documento, Vicenzo cita  denúncias de corrupção na Pasta e o atraso na obra do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, que é a única maternidade de Roraima.

Caso Cecília deixe o cargo, a troca na Pasta seria a primeira no atual mandato do Governo de Antonio Denarium e a 11ª desde 2019. Ela está na segunda passagem como secretária da Sesau. A primeira passagem dela na Saúde ocorreu em 2019, mas acabou sendo exonerada em meio à greve enfermeiros que exigiam melhores condições de trabalho e diálogo.

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