Há vagas para a construção civil. Foto: divulgação/CBIC

O desempenho econômico da construção em Roraima e a diminuição do déficit habitacional no estado foi o ponto central de entrevista com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Roraima (Sinduscon-RR).

As entidades apresentaram dados da Fundação João Pinheiro, de 2019, ano mais recente da informação, mostrando que o déficit habitacional da Região Norte correspondia a 719 mil moradias, sendo 23 mil em Roraima.

O presidente do Sinduscon-RR, Clerlânio Holanda, apresentou o cenário local da construção civil e imobiliário, além do mercado de trabalho. Dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que em abril deste ano Roraima possuía 75.095 trabalhadores com carteira assinada, sendo 7,65% (5.742) na construção civil.

De acordo com as informações apresentadas pela CBIC e o Sinduscon-RR mostraram que o mercado de trabalho da construção civil, em Roraima, no acumulado dos primeiros quatro meses de 2023, registrou o seu melhor resultado desde 2020.

Apesar do bom resultado, as áreas de obras de infraestrutura (-22 vagas) e os Serviços Especializados para a Construção (-31 vagas) apresentaram saldos negativos de geração de empregos no mesmo período.

Além disso, o sindicato afirmou que irá apostar na divulgação de dados trimestrais sobre o setor imobiliário no estado, com apoio da CBIC. O presidente do Sinduscon reforçou que procura acessibilidade de moradia, principalmente diante da situação roraimense que tem mercado caro e renda baixa.

Aos jornalistas, o presidente da CBIC apontou que as várias concessões dentro da reforma tributária, a indústria dos vícios construtivos e o excesso de burocracia são barreiras enfrentadas pelo segmento. “Os processos de emissão de documentos relacionados às construções são demorados, geram perda de tempo e gastos ao consumidor”, destacou Martins.

“Existem inúmeras alternativas. O estado pode entrar com terreno, a prefeitura pode entrar com terreno, o estado pode entrar com rede de água pela CAER. Tudo isso minimiza o custo da construção e nós temos vários estados que são casos de sucesso. A gente procura alternativas e estamos alertas para fazer o Minha Casa, Minha Vida acontecer”, finalizou o presidente do Sinduscon-RR.

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