Deputados federais por Roraima. Fotos: divulgação

Na sessão plenária desta quarta-feira (24), a Câmara dos Deputados aprovou o requerimento de urgência para o Projeto de Lei 490/2007. O texto prevê a adoção da Constituição de 1988 como marco temporal para a demarcação de terras indígenas no Brasil, o que pode representar uma perda de 63% das terras indígenas demarcadas ou em demarcação. Trata-se de uma legislação de forte interesse da bancada ruralista diante da iminência do julgamento sobre o assunto no Supremo Tribunal Federal (STF).

De Roraima, apenas a deputada Helena Lima (MDB) votou contra urgência da proposta. Os deputados Albuquerque (Republicanos) e Duda Ramos (MDB) não votaram. Esta foi a segunda votação importante da semana em que o deputado Duda Ramos não participou. A primeira foi a votação do arcabouço fiscal, na útima terça-feira (23). 

A questão do marco temporal é uma antiga disputa entre ruralistas e povos indígenas, e alvo de uma disputa judicial que se encontra suspensa no STF desde 2021. O lado favorável ao agronegócio argumenta que a Constituição estabeleceu um prazo para delimitação que se encerrou em 1993, e que sem um marco temporal, perdem segurança jurídica ao correr o risco de ter suas terras transformadas em reservas.

Veja os votos da bancada roraimense: 

  1. Albuquerque (Republicanos) – ausente
  2. Stélio Dener (Republicanos) – sim
  3. Duda Ramos (MDB) – ausente
  4. Gabriel Mota (Republicanos) –sim
  5. Helena Lima (MDB) – não
  6. Nicoletti (União) –sim
  7. Pastor Diniz (União) –sim
  8. Zé Haroldo (PSD) – sim

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