Sentenciados pela Justiça por crimes de estupros de vulneráveis com penas que, juntas, alcançaram 34 anos, dois idosos foram presos por agentes da PCRR (Polícia Civil de Roraima), lotados na Polinter (Delegacia de Polícia Interestadual). Eles estavam com seus mandados de prisões decretados pela Justiça e foram presos ao longo do dia de ontem, 17, em Boa Vista.
O primeiro a ser preso foi um comerciante de 71 anos. Contra ele havia um mandado de prisão decorrente de sentença penal condenatória, expedido pela Vara de Vulneráveis.
O crime praticado por ele aconteceu no ano de 2016. O homem foi condenado por ter estuprado a enteada, na época com 11 anos de idade. Como consequência do estupro, a criança engravidou e foi obrigada a abortar. A garota contou à mãe sobre o caso e foi morar com a avó, no município de Normandia, onde relatou os fatos e o caso foi levado ao Conselho Tutelar.
O homem foi sentenciado de forma definitiva à pena de 26 anos e três meses de reclusão em regime inicialmente fechado.
A segunda prisão foi de um técnico de enfermagem de 61 anos. A vítima, apesar de ser uma mulher de 32 anos, a Justiça entendeu que no ato do estupro ela não tinha discernimento e não teve como oferecer resistência, vez que foi dopada pelo infrator.
O crime ocorreu no dia 19 de setembro de 2010, quando a vítima foi a um hospital público em Boa Vista, em busca de atendimento médico. Ela foi atendida e o médico lhe prescreveu um medicamento, que deveria ser aplicado pelo técnico de enfermagem.
O homem, alegando que levaria a mulher para um local com mais conforto, levou-a até a sala destinada aos funcionários, onde a dopou e estuprou.
A vítima ao acordar, ainda muito grogue, foi ao banheiro e percebeu que havia sido estuprada. Na ocasião, agarrada com um lençol do hospital, ela foi encontrada no corredor do Hospital, por um policial civil que achou seu estado muito estranho e a auxiliou, a levando ao Setor Administrativo do Hospital. O policial também a orientou a procurar a Delegacia, onde registrou Boletim de Ocorrência.
O técnico em enfermagem foi condenado pela Vara de Vulneráveis à pena de oito anos, dez meses e 15 dias, em regime inicialmente fechado. Ele foi preso em sua residência no bairro Raiar do Sol.
Os dois homens tiveram suas prisões formalizadas na sede da Polinter. Na manhã desta quinta-feira, dia 18, ambos foram apresentados na Audiência de Custódia.
O diretor do DOPES (Departamento de Operações Especiais), delegado Maurício Nentwig observou a importância de denunciar crimes como esse, que é hediondo e traumatiza as vítimas.
“A Polícia Civil não somente investiga o crime, mas também efetiva a Justiça, ao cumprir a prisão dos condenados, cessando a impunidade. Nossa prioridade é sempre cumprir prisões de crimes como esses, que causam repúdio à sociedade. É importante destacar a parceria da população, que nos auxiliam com informações, denunciando o esconderijo de foragidos. Disponibilizamos o número 98414-0249”, disse.