A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) se candidatou para uma das três novas vagas que serão abertas na comissão que monitora a crise humanitária dos yanomami, em Roraima. Prontamente, Damares colocou seu nome à disposição: “Posso colaborar muito. A comissão com mais senadores trará um relatório mais imparcial e mais completo”. Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro de Bolsonaro, e Fabiano Contarato (PT-ES), que participou da CPI da Covid, também se candidataram ao trabalho.
Damares, no entanto, seria mais uma escolha controversa na comissão por seu tempo à frente do extinto Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. As entidades indígenas já manifestaram insatisfação pelo fato da comissão ser composta por senadores de Roraima que já deram manifestações públicas de apoio ao garimpo. A entrada de Damares nesta comissão seria, completamente descabida. A atuação dela enquanto ministra poderá inclusive entrar na mira do Ministério Público Federal (MPF) por negligência à população Yanomami. A senadora já tem um processo de cassação em aberto a pedido do Psol, justamente por esse motivo.