Relatório elaborado pelo governo de Roraima mostra que 438 indígenas morreram entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023. Destes, 68 eram bebês de até 1 ano de idade.
O documento foi feito a partir de um pedido do Ministério Público de Roraima que apura como se deu, no período, o atendimento nas unidades básicas de saúde a indígenas Yanomami. Como se trata de um relatório para atender um pedido do MP, não há dados de anos anteriores.
No texto, o governo informa que por uma limitação de dados, não consegue precisar exatamente quantos dos que perderam a vida são da etnia Yanomami, que atravessa grave crise humanitária e sanitária.
Dos 68 bebês de menos de um ano que perderam a vida, de acordo com os dados presentes no documento do governo do estado, 14 óbitos foram provocados por doenças gastrointestinais, como diarreia. Outras dez foram vítimas de pneumonia.
E dois casos fatais de malária foram registrados nesta faixa etária. A doença preocupa lideranças indígenas e integrantes do governo brasileiro, que nesta semana enviaram mais testes rápidos de detecção da doença a terra indígena.
Homicídios, acidentes e suicídios são os principais causadores das mortes entre os indígenas, de uma forma geral. Juntos, representam quase 20% dos óbitos. No período ocorreram 24 assassinatos no estado.
Doenças cardiovasculares foram a segunda maior causa das mortes que ocorreram no estado. 50 indígenas morreram de doenças do aparelho respiratório, enquanto 47 sofreram com as chamadas “doenças infecciosas e parasitárias”, entre elas a malária, que tirou a vida de seis pessoas.
– Interessante! Entre os não índios morrem muito mais bebês que isso e ninguém se sensibiliza. Acaso os yanomamis são imortais? É proibido morrer índio? Ora, vamos deixar de mimimi besta!