Após a repercussão da crise humanitária na Terra Indígena (TI) Yanomami, em Roraima (RR), o número de agentes de saúde voluntários cadastrados na Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) aumentou em mais de 700%. Em dezembro, eram 2.502 inscritos. Entre domingo, 22, e segunda-feira, 23, mais de 19,4 mil profissionais se cadastraram no banco de voluntários.
A notícia foi celebrada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em postagem no Twitter. “As inscrições para a Força Nacional do SUS aumentaram em mais de 700%, mostrando a força e solidariedade de muitos profissionais de saúde que se voluntariam. Agradeço a cada um que vem se doando para atenuar o sofrimento e salvar vidas Yanomami“, escreveu.
“Temos um cadastro permanente de voluntários que podem se inscrever a qualquer tempo, mas quando acontece uma grande tragédia ou emergência, há uma mobilização maior. Isso é bom, porque precisamos de muita gente, não só pelas demandas, mas pelas equipes que, normalmente, podem ficar entre dez e 14 dias“, explicou Nilton Pereira Júnior, diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e Urgência (Dahu) do MS.
Médicos, enfermeiros e outros profissionais vão auxiliar o governo federal na recuperação das condições de saúde dos indígenas. Na segunda-feira, 23, a Força Nacional do SUS enviou a Boa Vista 12 profissionais, entre médicos, pediatras, emergencistas, clínicos e enfermeiros, entre outros. As equipes vão atuar na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) e no hospital de campanha. O local está sendo montado pelo Exército Brasileiro para diminuir a superlotação no Casai, espaço voltado ao acolhimento dos indígenas.
De acordo com o diretor do Dahu, profissionais do Exército, de secretarias do ministério e a Força Nacional estão reforçando os atendimentos. Júnior acrescentou que será feito um levantamento para estipular o número e a formação de profissionais para atender à demanda.
As inscrições para o trabalho voluntário na Força Nacional do SUS podem ser feitas neste link.
