Sede da Suframa em Boa Vista. Imagem: Google Street View

Após o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empossar o vice-presidente Geraldo Alckmin como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) nesta segunda-feira (2). Informações divulgadas pelo portal RealTime1, apontam que lideranças do Amazonas consideram positivo Alckmin como futuro titular da pasta em relação à Zona Franca de Manaus (ZFM), que também abrange com incentivos fiscais os municípios de Roraima.

O deputado estadual do Amazonas Serafim Corrêa (PSB), um dos parlamentares mais atuantes em defesa da ZFM, afirma que ao contrário da posição anterior, na qual tinha obrigação de defender a indústria paulista, Alckmin agora deverá manter o diálogo com todo o setor produtivo nacional, incluindo, o Polo Industrial de Manaus (PIM).

“O que se levante é que, durante os quatro mandatos em foi governador do Estado de São Paulo, ele teria ficado ao lado de São Paulo em oposição à Zona Franca. É claro, ele era governador do Estado de São Paulo. Ele tinha que defender os interesses do estado dele. Agora a posição das cadeiras se inverteu. Quem terá de defender os interesses de São Paulo será o governador eleito Tarcísio de Freitas. Alckmin agora é vice-presidente e será ministro da indústria e comércio de todo o país, e como tal, a Zona Franca e o Amazonas estão incluídos”, disse Serafim. 

Já o ex-superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, acredita que as disputas entre Alckmin e a indústria do Amazonas ficaram no passado. De acordo com ele, a ZFM vive um novo momento com o início de um novo governo federal, fato que também impõe a necessidade de se discutir todos os aspectos referentes ao modelo.

“Não vejo mais espaço para esta polarização entre o Amazonas e São Paulo. Creio que a Zona Franca deve ser vista como instrumento de desenvolvimento do país. Por isso, confio que o presidente vai manter e fortificar a Zona Franca. Mas para isso é necessário que essas decisões passem por toda a administração, para que não dependa do eventual ocupante da pasta da indústria e comércio ou do Ministério da Fazenda”, pontuou. 

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