Foto: PAC/divulgação

Apesar de o projeto do Linhão de Tucuruí ter suas obras prometidas, anunciadas, autorizadas, e antecipadamente indenizadas, a interligação de Roraima ao Sistema Energético Nacional parece ter caído em descrença do próprio governo de Roraima, que era até então defensor da causa.

Após inúmeros imbróglios judiciais entre o Governo Federal e as entidades indígenas que protegem a área por onde o linhão vai passar, a Justiça determinou o pagamento de compensações aos povos Uaimiri-Atroari, para que a liberação da obra pudesse acontecer e os trabalhos começarem. Até agora, em termos práticos, nada avançou.

Mesmo o projeto de Tucuruí estando autorizado, e do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT) ter demonstrado interesse em retomar as relações comerciais com a Venezuela, que já possui interligação com o sistema elétrico roraimense, o linhão de Gury, que foi nosso fornecedor por muitos anos, Denarium resolveu fazer novas promessas com relação à segurança energética de Roraima.

Descrente de que os investimentos em energias renováveis comportem a necessidade do estado, que as usinas eólicas, de gás e biocombustíveis vão dar conta de suprir a demanda roraimense, o  governador Antonio Denarium (PP) esteve reunido no fim de semana com o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, em Geortown, capital do país vizinho, para discutir, entre outros assuntos de interesse bilateral, a viabilidade de construção de um novo linhão energético entre os dois países. Mais uma promessa.

O governador e o presidente guianense discutiram a possibilidade de construir uma linha de transmissão que ligaria Georgetown a Boa Vista, considerando a construção de uma usina hidrelétrica na Guiana, que geraria energia excedente no país e uma definição para voos regulares entre Georgetown e Boa Vista, dando um passo a mais para fortalecer acordos de cooperação. Da mesma forma como foi com Gury, na Venezuela, cuja compra de energia mais barata foi suspensa nos últimos anos.

Denarium em visita a Guiana e ao Suriname. Foto:

Segurança energética 

Ainda que em todos os cenários atuais Roraima não tenha segurança energética para promover o fortalecimento da indústria local, o governador Antonio Denarium ainda aproveitou outro encontro, desta vez com o presidente do Suriname, Chan Santokhi, para dizer que o nosso estado teria condições de ser uma matriz energética confiável.

Iludido pelas promessas do brasileiro, após a reunião o chefe daquele país saiu convencido de que Roraima pode oferecer ao Suriname condições para o seu desenvolvimento energético. Foram apresentados investimentos também em energia a gás e hidrelétrica, com empresários daqui querendo abrir mercados por lá.

Roraima não consegue se manter sozinha sem apagões, imagine oferecer condições energéticas suficientes para alavancar o desenvolvimento do Suriname.

O governo não anunciou se voltou com contratos assinados e parcerias firmadas. Ao que parece, o fim de semana foi mais turístico do que realmente de captação de negócios.

1 comentário

  1. – O Governador Antonio Denarium até pode estar, como diz o colunista, “imaginando coisas” quando falam em abastecer Roraima com energia vindo da Guiana, mas daí comparar com Gury, é de uma bestialidade ímpar. Primeiro porque, ao que se sabe, na Guiana não existe nenhum Hugo Chávez, louco, déspota, como todo esquerdista, incluindo-se os que infestam a banda podre da imprensa pasquim, jabazeira. Assimn, para não passar recibo de ignorância, não misturemos joio e trigo.

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