Foto: SECOM/RR

A Urihi Associação Yanomami, assim como o PSOL também ingressou junto ao Ministério Público Federal com uma queixa-crime para que o secretário de Segurança Pública de Roraima, o coronel da Polícia Militar Edison Prola, seja investigado pelo crime de vazar informação sigilosa por ter divulgado o plano de operação para retirada de garimpeiros da Terra Indígena Yanomami.

Relembre o caso

Prola divulgou o plano durante uma entrevista na quarta-feira (15). Na ocasião ele contou que a operação contaria com o apoio da Polícia Federal, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Exército Brasileiro.

Ele ainda informou que durante uma reunião com a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi definido um prazo de 90 dias para a retirada dos garimpeiros da reserva indígena.

Na queixa-crime registrada pelo PSOL, o partido alega que o secretário cometeu crime previsto no artigo 325 do Código Penal: Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação.

“Ao divulgar que haverá uma operação militar em 90 dias contra o garimpo ilegal, o Sr. Edison Prola frusta a operação, permitindo que os criminosos ali não mais estejam quando ela ocorrer”, afirma trecho da notícia crime.

Garimpo na Terra Yanomami – Conforme relatório divulgado pela Hutukara Associação Yanomami (HAY), mais de 20 mil garimpeiros ocupam atualmente a maior reserva indígena do Brasil. Ainda de acordo com o documento, mais de 20 mil garimpeiros ocupam de forma ilegal a terra indígena. Somente entre 2016 e 2020, o garimpo ilegal avançou 3.350%, prejudicando a saúde dos índios que moram na região e sofrem com malária e desnutrição severa.

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