A Worksolar fechou parceria com a Funai para levar energia limpa a aldeias indígenas da Amazônia. Ao todo, 17 aldeias na região estão recebendo projetos “off grid”, composto por placas solares e baterias para alimentação de escolas, postos de saúde e áreas de armazenamento de remédios e outros produtos.
A Worksolar é especializada na oferta, para o varejo, de painéis solares. Conforme Teixeira, o projeto com a Funai é parte do esforço para entrar no mercado de governo. “Entramos no atendimento de administração pública, buscando trabalhar com projetos de moradia para baixa renda, indígenas, entre outros”, falou.
Expectativa para 2023
O executivo diz que a expectativa para o próximo ano é positiva, apesar de mudanças legais no mercado de energia solar. Este ano, falou, a empresa cresceu com a antecipação de investimentos de clientes. A partir de 2023, disse, ainda será rentável o consumidor doméstico ou pequenas empresas investirem no segmento, mas grandes empresas de energia deverão decidir “na ponta do lápis” se valerá a pena.
“Em 2023 espera-se um aumento [da tarifa] de energia de quase 6%. Então o que o cliente pagará de pedágio [devolver energia sobressalente à rede da distribuidora] economizará do aumento das bandeiras”, observou.
No caso do consumidor final, a recuperação do preço da energia à rede da distribuidora chega a 80%. Até 100 kilowatts, é de 100%. “Quem vai se prejudicar são os grandes geradores distribuídos. Estes, sim, vão fazer conta, e pode ser que sintam um pouco no início e tenham que fazer nova negociação com clientes, renegociando descontos”, observou. Mas, em linhas gerais, diz, o mercado vai crescer.