A secretária Nacional de Atenção à Primeira Infância, Luciana Siqueira Lira de Miranda, foi exonerada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Luciana morou em Roraima onde trabalhou como psicopedagoga por vários anos. Ela estava em Brasília desde o início da gestão Bolsonaro.
Luciana foi acusada de assédio moral contra funcionários da pasta após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais deste ano.
A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (22), mas a demissão foi feita no último dia 17. Além de Luciana Siqueira, também consta uma exoneração a pedido do assessor especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Cidadania, Rafael Rodrigues dos Santos.
Luciana Siqueira atuava como titular da primeira infância na Secretaria Especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania desde julho de 2020. Segundo servidores da massa, após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL), ela encaminhou mensagens dizendo que quem votou no candidato do PT contribuiu “para que nosso trabalho desça pelo ralo”.
No dia seguinte ao resultado, a então secretária convocou uma reunião. De acordo com a denúncia a qual a GloboNews teve acesso, a secretária disse “saber exatamente quem não votou no presidente” e que essas pessoas “pagarão pela Justiça divina”.
Além disso, segundo os servidores, a secretária “reclamou da falta de lealdade de alguns da equipe, equiparou a traição de Judas e disse que quem vota em quem rouba não está com Deus” e que “vai infernizar todos os dias da próxima gestão e que o inferno não vai vencer o céu”.