Senador Hiran Gonçalves (PP-RR) Foto: Agência Câmara

Uma doação no valor de R$ 2,9 milhões do partido União Brasil, comandado em Roraima pelo deputado Nicoletti, para a campanha ao Senado do também deputado Hiran Gonçalves (PP), está sendo investigada pela Justiça Eleitoral por ser irregular. É que o candidato a senador recebeu indevidamente esses recursos, de acordo com um especialista em crimes eleitorais. União Brasil e PP não estão coligados nacionalmente, portanto, a doação não poderia acontecer.

“Quem votar no Hiran Gonçalves estará jogando o voto fora. Ele recebeu dois milhões e 900 mil do União Brasil, que não tem coligação nacional com o Progressistas. Ao não devolver o dinheiro e ao utilizar, ele cometeu um crime. Utilizou o dinheiro de uma fonte vedada”, diz o advogado especialista em Direito Eleitoral, Dr. Jacob Estevão.

As transferências do União Brasil para a campanha de Dr. Hiran ocorreram nos dias 29 de agosto, em um primeiro montante de R$ 1,5 milhão. E a segunda, no valor de R$ 1,4 milhão ocorreu em 6 de setembro.

Prestação de contas de Hiran Gonçalves junto à Justiça Eleitoral. Reprodução/TSE
A lei 9.504/97, que delimita as condutas permitidas no período eleitoral, prevê que caso seja comprovada a doação irregular, assumida na própria prestação de contas do candidato junto à Justiça Eleitoral, se ele for eleito, poderá não assumir o mandato.

 

O candidato não se pronunciou sobre a utilização desses recursos vedados pela lei eleitoral.

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