Foto: Andrezza Mariot

Gestores e profissionais de saúde que atuam na vigilância, atenção primária e especializada com gestão de casos da Sífilis em unidades de saúde do município de Boa Vista, participaram nesta sexta-feira, 23, de uma capacitação do projeto piloto sobre o sistema SALUS, de cadastro e monitoramento de pessoas com Sífilis. O projeto vem sendo executado desde 2021 nacionalmente e Boa Vista é a capital pioneira na Região Norte.

A capacitação é promovida por profissionais do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e tem a finalidade de qualificar a informação recebida durante os processos de notificações e monitoramento inteligente do tratamento, controle de cura e seguimento dos casos.

“Trata-se de uma plataforma nacional para monitoramento e inteligência de agravos que permite o melhor monitoramento dos casos de Sífilis em Boa Vista, onde os profissionais terão em tempo real um diagnóstico, onde ocorre os casos, quais os tipos e o andamento dos tratamentos”, explica o pesquisador e facilitador, Fernando Lucas de Oliveira Farias.

De acordo com o pesquisador somente em 2020 foram registrados mais de 200 casos em gestantes em Boa Vista, um dado alarmante que exige uma ação efetiva. “A ideia do sistema é somar ações e medidas no enfrentamento da doença. Tanto as UBS´s que notificam esses pacientes como quem acompanha e monitora passam ter uma ferramenta integrada, que oferece indicadores em tempo real onde esses casos ocorrem”.

Ana Raquel Martins Serra, coordenadora do programa de IST/Aids, de Boa Vista destaca a importância do sistema na melhoria dos trabalhos desenvolvidos.

“Hoje o município recebe esse sistema como projeto piloto, onde já ocorre em vários locais do Brasil, e vem para nos dá um aporte melhor para o monitoramento desse agravo não somente na questão de notificação, mas também no acompanhamento do tratamento, porque o ideal é notificar e tratar quebrando o ciclo de transmissão da doença, e o sistema vem ajudar para que possamos ter essas informações em tempo real”.

Projeto – O sistema vai possibilitar o mapeamento dos 53 bairros de Boa Vista, com casos sendo monitorados em tempo real em cada região, com novos recursos que vai melhorar tanto a qualificação dos profissionais no enfrentamento da Sífilis no município como o cidadão que será melhor assistido com novas ferramentas modernas.

Participam da capacitação nesse primeiro momento, profissionais das UBSs Asa Branca, Liberdade, Raiar do Sol, Santa Luzia, Enf. Vanderly Nascimento (13 de Setembro), Olenka Macellaro (Caimbé), Hospital da Criança Santo Antônio e da Vigilância em saúde.

Dados – De janeiro até o momento deste ano, foram notificados 93 casos de Sífilis congênita, 208 casos em gestantes e 395 Sífilis adquirida, no município de Boa Vista.

A prefeitura disponibiliza e incentiva em todas as UBS´s a realização de controle e monitoramento desse agravo após o diagnóstico nas unidades. O diagnóstico pode ser feito de forma simples e rápido por meio de testes rápidos. O tratamento é simples e gratuito. Nas gestantes o monitoramento do pré natal é essencial para o controle da doença, e diminuição dos casos, que se não tratado pode levar a óbito.

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