Mohammad Al Sharairei, de 47 anos, foi condenado por tráfico de maconha sintética pela Justiça do estado americano de Iowa, na última semana. O jordaniano fugiu dos Estados Unidos logo após a acusação e atravessou a fronteira do Brasil com a Venezuela à pé por Pacaraima, no interior de Roraima, em 2014.
Al Sharairei ficou no país até fevereiro do ano passado, quando foi extraditado por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Na cidade de São Paulo, o réu se passava por refugiado sírio, enquanto constava na lista de procurados da Interpol.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, Al Sharairei tinha uma tabacaria de fachada, em sociedade com sua mulher, Melissa Al Sharairei, de 39 anos, na cidade de Cedar Rapids. O estabelecimento comercializou mais de US$ 1,3 milhão em drogas sintéticas no prazo de 18 meses, segundo a acusação.
“Testes mostraram que essas substâncias canabinóides sintéticas são muito mais potentes que a maconha e foram associadas a graves efeitos psicológicos e físicos, incluindo a morte”, disse o Departamento de Justiça.
Al Sharairei e Melissa chegaram ao Brasil em 2014. Primeiro, eles fugiram para a Califórnia. Depois, passaram pelo México e pela Venezuela. O casal teve a prisão decretada e cumprida em 22 de fevereiro de 2019. Em seguida, um processo de extradição foi aberto. Eles deixaram o Brasil em 2021.
O jordaniano agora aguarda a sentença que será proferida pelo juiz do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, Leonard Strand. A pena máxima é de 40 anos de prisão e multa de US$ 1,5 milhão.