O Tribunal do Júri condenou Alan da Silva Souza, de 29 anos, na noite desta segunda-feira, 12 de setembro, a 34 anos de reclusão pela morte da jovem Érika Samay Rodrigues da Silva, de 18 anos.
O crime ocorreu em outubro de 2019. Na ocasião, Alan, que era namorado de Érika, decapitou a jovem a mando de uma facção criminosa, em razão de disputa com outra facção que atua em Boa Vista.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Roraima (MPRR), a vítima foi atraída pelo namorado, que junto com outras oito pessoas, a mantiveram em cárcere privado em três locais diferentes, a torturaram e a mataram dentro do contexto conhecido como “tribunal do crime”. O corpo da jovem foi encontrado dezesseis dias após o homicídio, no loteamento João de Barro.
O julgamento de Alan Souza ocorreu no Fórum Criminal, localizado no bairro Caranã. A acusação foi sustentada pelo Promotor de Justiça Carlos Paixão. Os jurados acompanharam a tese do MPRR e condenaram o réu por homicídio cometido por motivo torpe, utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima, além dos crimes de sequestro, tortura, ocultação de cadáver e integrar organização criminosa.
Para o promotor de Justiça Carlos Paixão, a decisão é uma demonstração firme da sociedade que mais uma vez prestigiou o direito à vida. “Não podemos permitir que a impunidade prevaleça diante de um crime bárbaro, executado com requintes de crueldade, que ceifou a vida de uma moça tão jovem”, destacou o Promotor de Justiça.
Nesta semana, outros três envolvidos no crime também serão ser julgados pelo Tribunal do Júri.