Imagens de satélite desta segunda-feira (5) e terça (6) mostram uma camada cinza sobre a Amazônia. É a fumaça das milhares de queimadas que consomem o bioma nos últimos dias.
A nuvem cinzenta se concentra, especialmente, no sul do estado do Amazonas, com Rondônia e Acre também encobertos.
Um dos perfis da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) no Twitter postou uma animação da enorme nuvem de fumaça e disse: “Há, aparentemente, várias névoas de fumaça cinzenta sobre a região central da América do Sul nesta manhã [6]”.
A agência acrescenta que a fumaça é derivada de inúmeros incêndios que são induzidos por seca e ação humana.
Só nos primeiros cinco dias de setembro foram registrados 14.839 focos de queimada, quase o mesmo valor registrado em todo o setembro do ano passado (16.742). Nesse período, houve três dias seguidos com mais de 3.000 focos de calor. Uma sequência com dados tão elevados não acontecia em setembro desde 2007.
Agosto —o pior em fogo desde 2010— também apresentou dados diários de queimadas elevados, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No dia 22, foram registrados 3.358 focos de queimada no bioma, o maior valor para o mês de agosto desde 2002.
Imagens de satélite do dia 25 de agosto também mostram uma concentração de nuvens cinzentas sobre a região amazônica.
E a situação em agosto poderia ter sido ainda pior. Uma operação em Mato Grosso impediu um novo “dia do fogo”, que estava sendo arquitetado por proprietários de terras em Colniza, uma das cidades com maiores números de queimadas no país.