Artista plástico Bartô é candidato ao Senado em Roraima. Foto: divulgação/ PSOL-RR

O número de candidatos indígenas registrados nas eleições deste ano é recorde. São 175 candidatos indígenas (0,87% do total). O número de indígenas registrados como candidatos já vinha crescendo, com 85 em 2014 e 133 em 2018. Segundo o Censo de 2010, os indígenas correspondem a 0,47% da população do país.

O número de mulheres candidatas neste ano também é um recorde, com 9.378 (33,4% do total). Em 2018, elas eram 9.204 (31,8% do total). Apesar da alta, a participação das mulheres ainda equivale à metade da dos homens, enquanto na população em geral elas são 51,1% do total.

A participação das mulheres também é proporcionalmente menor na disputa por cargos mais altos. As candidatas representam apenas 17% entre os aspirantes ao comando de governos estaduais ou distrital, 23,6% dos que se lançaram ao Senado e 34,6% dos que disputam uma cadeira na Câmara dos Deputados.

Os doze candidatos presidenciais incluem quatro mulheres (33,3%) e dois negros (16,6%).

Também houve crescimento no número de pessoas LGBTQ+ na disputa eleitoral deste ano, com um total de 214 candidaturas, segundo levantamento da organização VoteLGBT. Elas representam 0,76% do total de candidaturas. Em 2018, a organização contabilizou 157 candidaturas LGBTQ+.

Candidatos negros 

As eleições de 2022 serão as primeiras da história do Brasil com mais candidatos negros do que brancos, um marco em um país onde 55% dos habitantes declaram-se negros.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgados na quarta-feira (17/08), dos 28.116 candidatos registrados para as eleições de outubro, 14.015 declararam-se negros (49,57%) e 13.914 identificaram-se como brancos (48,86%). Entre os negros, 10.079 disseram ser pardos (35,65%) e 3.936, pretos (13,92%).

Deixe seu comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here