Distrito Industrial em Boa Vista. Foto: Secom RR

O estado de Roraima precisa qualificar 6,6 mil trabalhadores em ocupações industriais até 2025. A informação consta no Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, compilado pelo Observatório Nacional da Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Do total, 1.840 devem se capacitar em formação inicial – para repor os inativos e preencher novas vagas – e 4.821 já possuem uma formação ou estão inseridos no mercado de trabalho, mas precisam se aperfeiçoar.

O gerente executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, afirma que a qualificação profissional é crucial tanto para os trabalhadores que já estão empregados quanto para aqueles que estão fora do mercado de trabalho.

“O aperfeiçoamento deve ser uma estratégia para todos os profissionais. O aprendizado ao longo da vida passa a ter um papel fundamental no mercado de trabalho nos dias de hoje.”

Em Roraima, a demanda pelo nível de capacitação até 2025 será de:

  • Qualificação (menos de 200 horas): 3.557 profissionais
  • Qualificação (mais de 200 horas): 1.241 profissionais
  • Técnico: 1.393 profissionais
  • Superior: 470 profissionais

Em volume, ainda prevalecem as ocupações com nível de qualificação, cerca de 72% do total. Mas, segundo Márcio Guerra, houve um crescimento da demanda por formação em nível superior.

“O nível superior cresce sem dúvida a uma taxa muito elevada. Então, é preciso entender que fazer educação profissional não é o fim de uma trajetória. Profissionais que fazem qualificação profissional, fazem curso técnico e depois caminham para o ensino superior são profissionais extremamente valorizados no mercado de trabalho, pela experiência, pela prática e também pela formação”, avalia.

Áreas de formação

Em Roraima, as áreas que mais vão demandar profissionais capacitados, tanto em formação inicial, quanto continuada, são:

  • Construção: 1.472 profissionais
  • Transversais: 879 profissionais
  • Alimentos e Bebidas: 813 profissionais
  • Logística e Transporte: 761 profissionais
  • Metalmecânica: 598 profissionais
  • Telecomunicações: 283 profissionais
  • Energia, Água e Esgoto: 278 profissionais
  • Madeira e Móveis: 265 profissionais
  • Eletroeletrônica: 241 profissionais
  • Automotiva: 210 profissionais

O gerente executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, destaca a relevância das ocupações nas áreas transversais. “Ou seja, aquelas ocupações coringas, aquelas profissões que são absorvidas por diversos setores da economia, que vão desde o setor automotivo até o setor de alimentos. No que diz respeito às áreas, vale destacar também aquelas profissões que estão relacionadas com a indústria 4.0, relacionada a automação de processos industriais.”

Ele também explica que há diferenças nas áreas de formação mais demandadas entre os estados. Isso se deve à dimensão do país e à complexidade da economia brasileira. Segundo Márcio Guerra, a heterogeneidade de recursos e de produção acaba refletindo essas características.

“Nós sabemos que, em alguns estados, há uma concentração industrial maior e em outras regiões, como a região Norte, há uma dispersão maior. Então a estrutura industrial, ou seja, os setores que são predominantes em determinadas regiões são diferentes.”

 

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