Foto: Divulgação/TJRR

Uma mulher, acusada de mandar matar o padrasto, de quem foi vítima de abusos sexuais e perseguição desde os 6 anos de idade, foi absolvida por duas vezes pela Justiça de Roraima. O crime ocorreu em setembro de 2011. O segundo júri ocorreu na última quinta-feira (2).

O processo tramitou em segredo de Justiça. No plenário do júri popular, a ré já tinha denunciado ter sofrido estupros diários dos 06 aos 16 anos de idade; denunciou os estupros para a Polícia Civil e para sua mãe, sem que nenhuma providência tenha sido tomada à época ou depois. Sua mãe, após curto período de separação, voltou a conviver com o acusado o que fez com que a ré fosse morar em companhia de um namorado.

Segundo a Defensoria Pública de Roraima (DPE-RR), o Estado, ao se omitir nos cuidados com a ré, vítima de estupro desde criança, e não punindo o abusador, agora vítima, foi o grande responsável pelo crime, pois nada disso teria acontecido desta forma se a lei tivesse sido cumprida.

Ainda de acordo com a DPE, no dia do crime, a ré havia pedido para que o namorado a buscasse na faculdade, pois o abusador estava rondando o local, perseguindo-a. Portanto, sustentou que a ré não poderia ter premeditado o crime, apesar de estar no carro quando ocorreu o episódio fatal.

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