Foto:Divulgação/CMA

Por meio de nota publicada à imprensa, a Hutukara Associação Yanomami (HAY) exigiu a retirada dos garimpeiros da região de Waikás, em Roraima. Após relatos de que uma adolescente de 12 anos foi estuprada e morta por homens dos garimpos, na última segunda-feira (25) a associação ressaltou que está acompanhando o caso e salientou que, se confirmado, o episódio de violência sexual contra crianças e adolescentes não é o único ocorrido na região.

“Infelizmente, episódios de violência sexual contra crianças, adolescentes e mulheres Yanomami praticadas por garimpeiros invasores já foram registrados em outras regiões sendo publicados no relatório Yanomami Sob Ataque, lançado no último dia 11. Além do assédio sexual, o relatório publicou casos de violência armada e ameaças de garimpeiros contra a vida dos Yanomami e Ye’kwana. Assim, mais uma vez, a HAY não vai se calar diante de mais um ataque contra a vida de nossos povos. Nosso relatório também traz informações de que a região de Waikás é a região mais impactada pelo garimpo ilegal na TIY. Quase metade do total da área destruída está concentrada em Waikás, no Rio Uraricoera. A devastação na região, em 2021, foi 296,18 hectares, um aumento de 25% em relação a 2021. (…) Insistimos que o Estado brasileiro cumpra o seu dever constitucional e promova, urgentemente, a retirada dos invasores”, consta parte da nota divulgada.

O documento destaca ainda que a comunidade Aracaçá, situada na região do Palimu, foi alvo de constantes ataques de garimpeiros. “Em maio do ano passado, ocorreram seguidos ataques de garimpeiros armados e uma criança morreu afogada tentando fugir para se proteger dos invasores. Mesmo com toda a violência, a Base de Proteção Etnoambiental (Bape) da Funai, que deveria proteger o acesso ao Rio Uraicoera ainda não foi reativada e o garimpo continua atuando livremente“, informa o texto.

 

 

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