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Foto: divulgação

Roraima foi o estado que mais fez trocas na secretaria de saúde ao longo dos dois anos de pandemia: são oito secretários desde o começo da gestão, ainda como interventor em 2018, e cinco deles trocados desde o começo da pandemia, em março de 2020. A média, desde 1995, é haver de 2 a 3 trocas durante todos os 4 anos de governo.

O levantamento sobre trocas nas pastas dos Estados foi publicado pela Rede de Pesquisa Solidária e mostra que somente Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul permaneceram com o mesmo chefe na pasta durante todo o período.

O governador Antônio Denarium (PP) teve oito secretários estaduais de Saúde nos últimos dois anos, com uma média de quatro meses de gestão para cada um. Na pandemia, tentou equilibrar-se entre a adoção de medidas restritivas para evitar a disseminação do vírus e o alinhamento às pautas bolsonaristas. Em fevereiro do ano passado, chegou a propor a isenção tributos para remédios sem eficácia para Covid-19, como cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina.

Somente nos seis primeiros meses de 2020, período que marcou o início da pandemia, Denarium teve cinco diferentes secretários de Saúde em seu governo.

A primeira secretária saiu em meio a acusações de má gestão da pasta que resultaram em denúncias de crimes de improbidade e advocacia administrativa. O substituto deixou o cargo um mês depois.

O terceiro secretário foi exonerado em maio após uma polêmica envolvendo o preço e o pagamento adiantado de respiradores sem licitação. O quarto deixou o cargo em junho após a recusa do governador em solicitar intervenção federal na saúde do estado.

Em nota, o Governo de Roraima disse que as mudanças fazem parte da rotina da administração pública e que, no caso da saúde, as mudanças visaram ajustar o fluxo e a resposta para a população em função da pandemia.

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