O Tribunal do Juri condenou nesta segunda-feira (15), Kellson Myler Marques Sabino, vulgo “kelsinho” pela morte de Josué Oliveira da Silva, de 16 anos, morto após ser confundido como integrante de uma facção rival, em 2019. Josué, que tinha deficiência mental, foi abordado em uma praça, no bairro Pintolândia, na capital.
De acordo com a Denúncia do Ministério Público de Roraima (MPRR), ele foi sequestrado e levado para outro local onde foi julgado no contexto conhecido como “tribunal do crime”. A vítima foi levada para uma área na zona rural de Boa Vista, ele recebeu golpes de faca e teve a garganta cortada.
Kellson foi condenado a 23 anos e 9 meses de reclusão por homicídio triplamente qualificado, organização criminosa e corrupção de menor.
“Hoje a sociedade roraimense levou um pouco de conforto e de justiça aos familiares e também restabeleceu a dignidade e a honra da inocente vítima, que foi brutalmente assassinada por engano após ter sido confundida, por criminosos, como membro de facção criminosa rival. O corpo de jurados demonstrou mais uma vez, por meio da autoproteção, que as atrocidades cometidas em nome de organizações criminosas contra a vida de inocentes serão repelidas e obterão a resposta firme e austera que a elas deve ser dada”, disse o Promotor de Justiça, Diego Oquendo.