Após bater recorde histórico no último mês de janeiro, o desmatamento na Amazônia registrou, em fevereiro, mais um aumento em comparação ao mesmo período em 2021. Segundo o balanço parcial do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o percentual de devastação no último mês é 22% maior do que o de fevereiro do último ano.
O Inpe mostra que, até 25 de fevereiro de 2022, o desmatamento da Amazônia já somava 149,88 km². A extensão é a segunda maior para um mês de fevereiro desde 2016, perdendo apenas para os alertas de 2020.
Um novo estudo publicado pela Nature — uma das revista científica mais tradicionais do mundo — concluiu que o avanço da devastação da floresta amazônica e demais mudanças climáticas desenfreadas estão causando secas severas e incêndios florestais na zona de transição entre a Amazônia e o Cerrado. A pesquisa também comprovou que, nas últimas décadas, a Amazônia teve um aumento significativo da seca e aquecimento — o que, ironicamente, prejudica o agronegócio.
Janeiro tem aumento de 400% e recorde histórico
Não é de agora que o aumento no desmatamento tem preocupado. Comparado ao mesmo mês em 2021, janeiro registrou um aumento de mais de 400% na devastação da floresta amazônica.
22,5% da área com alertas de devastação entre 1º e 21 de janeiro de 2022 se concentraram nas florestas públicas não destinadas, que são o principal alvo de de grilagem de terras.
Famosos e ativistas se reúnem em ato contra destruição ambiental
Nesta quarta-feira (9), milhares de pessoas se reuniram em frente ao Congresso, em Brasília, contra projetos que afetam meio ambiente e povos indígenas. A manifestação foi organizada por Caetano Veloso e outros artistas, além de ativistas das causas.
Os presentes no “Ato pela Terra contra o pacote da destruição” protestaram contra cinco projetos, em tramitação no Parlamento, que modificam leis ambientais e prejudicam tanto o meio ambiente quanto os povos indígenas.