Foto: Benjamin Mast

Pandemia, aumento considerável da violência, meio ambiente, garimpo, aprofundamento da crise econômica, da fome e da miséria, que atingem sobretudo as mulheres da classe trabalhadora, e tudo isso com a alta dos preços da cesta básica, do gás, da energia, dos medicamentos, dos aluguéis, entre outros, que têm levado milhares de pessoas à fome e à miséria. Esses e outros temas serão tratados durante todo este mês de março, que marca o Dia Internacional da Mulher.

Em Roraima, movimentos sociais de mulheres organizaram uma programação que inicia nesta segunda-feira (7), às 18h30, no estacionamento da Praça Fábio Marques Pacarat, no centro, com o adesivaço em carros que passam pelo local com a frase “Pela Vida das Mulheres! Por um mundo sem guerra, machismo, racismo, LGBTfobia, xenofobia e sem fome!”. Ainda neste dia, às 20h, uma performance será apresentada na Praça Velia Coutinho.

No Dia Internacional da Mulher (8), será lançado o manifesto “Pela Vida das Mulheres! Bolsonaro Nunca Mais! E às 19h, acontece a live “Injustiça Socioambiental: Os impactos do garimpo na vida das mulheres”, pela rede social do Núcleo de Mulheres de Roraima (NUMUR), com a participação da professora doutora Edna Castro, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (NAEA/UFPA) e vice-presidente da Associação Brasileira de Sociologia; Norma Mailey, coordenadora da Organização de Mulheres Indígenas de Roraima (OMIR); Maria Betânia Mota de Jesus, da secretaria geral do Movimento de Mulheres Indígenas do Conselho Indígena de Roraima (CIR) e a socióloga Nelita Frank, mestre em Sociedade e Fronteiras, educadora em feminismo popular do Núcleo de Mulheres de Roraima e Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB).

“Durante todo o mês de março milhares de mulheres feministas, de movimentos populares e trabalhadoras fazem atividades de rua e virtuais em todo Brasil, não para comemorar, mas para denunciar as mazelas e o desgoverno que tem sido essa passagem de Bolsonaro pelo poder. Uma passagem de negacionismo que levou mais de 650 mil pessoas a morte pela Covid-19. Vamos denunciar a pobreza, a fome, a violência contra a mulher, que aumentou na pandemia. Denunciar o desemprego, o desmatamento na Amazônia. Denunciar o garimpo em terras indígenas. Denunciar a ausência do estado para combater esse crime. Por tudo isso e muito mais, todas estarão gritando ‘Fora Bolsonaro’ e ‘Bolsonaro nunca mais’”, enfatizou Nelita Frank.

As atividades seguem com rodas de conversas que discutirão os seguintes temas: ‘Feminismo e agroecologia na Amazônia’, ‘Feministas na luta anticapitalista: impactos, desafios e perspectivas’, e ‘Violência e racismo na vida das mulheres negras e indígenas’. A programação encerra dia 27, com sarau cultural “Arte e Política” com músicas, poesias e distribuição de mudas e uma projeção, no espaço coletivo de artes Toca da Bruxa.

Serviço

O que: Mês do Dia Internacional da Mulher

Quando: Live “Injustiça Socioambiental: Os impactos do garimpo na vida das mulheres”, dia 08 de março, às 19h

Onde: Facebook do Núcleo de Mulheres de Roraima (NUMUR)

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