O Tribunal de Justiça de Santa Catarina decidiu, nesta sexta-feira (11), soltar o empresário Airton Antonio Soligo também conhecido como Airton Cascavel. O ex-secretário de Saúde e ex-deputado estadual e federal é acusado de ter estuprado uma jovem de 18 anos que trabalhava como cuidadora da mãe dele. O crime teria ocorrido em 2017 na casa onde a mãe de Cascavel mora, em Joinville, Santa Catarina.
Para o desembargador Antonio Zoldan, a liberdade do acusado não constitui ameaça à ordem pública. Na decisão, Zoldan afirma que embora “se considere a gravidade do crime imputado e a repercussão do caso, não há provas nos autos de que, em quase cinco anos, o paciente tenha agido para novamente constranger a vítima”.
O desembargador desconsiderou o fato de que um cunhado de Soligo teria encaminhado mensagem para o pai da vítima. Na avaliação do magistrado, não ficou configurado que houve investidas do acusado contra a vítima.
A defesa alegou que o processo que apura o estupro ainda está em aberto e não houve o oferecimento de denúncia. Também argumentou que por razões médicas, caberia o relaxamento da prisão.
O advogado de Airton Cascavel, Zoser Hardman, criticou a prisão e disse que o empresário sofre perseguição política. “A prisão foi absurda e a acusação feita contra ele tem contornos de armação”, afirmou o advogado.